quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Parque Ambiental do Buçaquinho – O risco de ser feliz (Um Depoimento de Felicidade sobre o nosso Parque)

Ser mãe é a melhor coisa do mundo e um imenso desafio. Ser mãe de irmãos é melhor que a melhor coisa do mundo e um risco irremediável – o de a vida mudar para sempre e para melhor. Ser mãe de irmãos, com uma diferença de idades superior a uma década, é assumir viver em regime de bipolaridade por uma boa parte do resto da vida. Estares sozinha nesta jornada é elevares-te ao melhor de ti, por eles.
A diferença de idades entre as minhas metades-mais-que-perfeitas exige muita criatividade e elasticidade diária. Tem sido um desafio estimulante encontrar locais que nos permitam viver momentos em família, correspondendo às necessidades e expectativas de cada um. Há momentos que opto por dedicar tempos específicos para cada um. É quase uma obrigação que estes momentos a dois aconteçam. Mas também é imperativo que as memórias se construam de experiências vividas a três. E se a nós se juntarem mais uns quantos, tanto melhor. E se esses forem alguns dos teus melhores amigos, então corres o risco de seres feliz nesse momento.
Quando encontramos um local que satisfaça as nossas condições, tornamo-nos reincidentes. Foi o caso do Parque Ambiental do Buçaquinho, no Concelho de Ovar. São 24 hectares de parque verde que se estendem entre Esmoriz e Cortegaça, num investimento de revitalização de uma antiga ETAR que esteve em funcionamento entre 1993 e 2005 e que valeu ao Município de Ovar a atribuição do prémio dos Green Project Awards 2016, na categoria Cidades Sustentáveis.
A entrada é livre e o acesso aos equipamentos também, incluindo as bicicletas para miúdos e graúdos e os carrinhos. Para explorar o parque de bicicleta percorrendo o passadiço de madeira e os caminhos que contornam as seis lagoas, basta preencher uma pequena ficha de identificação na receção e partir à descoberta, podendo mergulhar no pinhal, com cuidado não vá atravessar-se um pato ao caminho. É que eles andam por ali à vontade. Também há raposas e ginetas, naturalmente, mais recatadas e os pica-paus que se fazem ouvir no cimo das árvores. Vale a pena encostar a bicicleta junto à torre de observação e subir sem medo. A vista contemplativa lá de cima vale bem a pena.
O local convida ou quase obriga a um piquenique, que pode ocupar uma das mesas disponíveis ou simplesmente estender-se num dos muitos relvados, sendo o mais privilegiado aquele que se situa junto ao parque infantil. Dali a vista é ampla e é bem possível ficar à conversa, prolongando o piquenique, enquanto os mais pequenos brincam no parque debaixo do nosso olhar. Mas, para os que não sejam adeptos do piquenique, é possível experimentar uma das várias ementas saudáveis da Cafetaria do parque, com destaque para as sandes de ervas aromáticas, cultivadas mesmo ali ao lado. Se ao fim do dia e de todas as aventuras no Parque Ambiental do Buçaquinho o coração ainda disser “vai!”, ou se eles não estiverem conformados em regressar a casa, então não hesitem e façam como nós fizemos da primeira vez, vão ali ao lado e deixem-se ficar até ao pôr-do-sol. Se depois disso tudo, eles não adormecerem no carro, alguma coisa estará a falhar.




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