segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Especial Resultados Autárquicas II - Salvador Malheiro, rei em Ovar (Análise aos resultados para a Câmara Municipal de Ovar)


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Nunca se viu nada assim em Ovar! Um presidente de Câmara ganhar com 65% dos votos é, sem dúvida, um massacre em termos eleitoralistas. Justificações? Por um lado, ficou bem patente que os munícipes se sentiram bastante agradados com a obra que Salvador Malheiro deixou no concelho, enquanto que por outro, o edil continua a gozar de altos índices de popularidade. 
Efectivamente, Salvador Malheiro venceu em todas as freguesias com clara vantagem perante os demais opositores. Nem houve sequer margem para dúvidas!
Ninguém pode negar que Salvador Malheiro construiu um ciclo importante no concelho de Ovar. Foi senhor de obras importantes, nomeadamente a criação da Unidade de Saúde Familiar em Válega, a construção do Centro Cívico de Cortegaça, a requalificação da Praça dos Combatentes do Ultramar em Esmoriz, a repavimentação de vários arruamentos sitos no concelho, a criação do Orçamento Participativo, etc. Foi ainda intermediário no processo de semi-requalificação da Barrinha de Esmoriz, tendo já iniciado o processo de reabilitação futura do Esmoriztur. Além disso, Salvador Malheiro contou com o apoio especializado de uma equipa que soube aprimorar o marketing pessoal do candidato. Salvador estava em todo lado, tanto em formato de avental, máscara ou até de boneco. Mas estava com o povo, e o povo soube retribuir esta proximidade nas urnas. Salvador passeou como um rei, renovando o seu mandato para o quadriénio de 2017-2021. Os sociais-democratas conseguiram eleger 7 vereadores, sobrando apenas 2 para o Partido Socialista que terá vida muito difícil no executivo. 
Vítor Amaral até poderia ter bons projectos para o futuro, mas faltou-lhe se calhar uma aproximação mais vincada junto da população. Além disso, era-lhe difícil, senão até praticamente impossível, derrotar uma candidatura tão forte como era aquela liderada por Salvador Malheiro. Os socialistas apenas conseguiram reunir 18,6 % dos votos. Muito aquém daquilo que era esperado.
Por fim, todos os restantes partidos da oposição não conseguiram aproveitar a oportunidade do alargamento do número de vereadores (de sete para nove - motivado pelo aumento da população do concelho de Ovar que chegava assim aos 50 mil) para se fazerem representar no Executivo Municipal. O CDS-PP de Filipe Marques Gonçalves conseguiu ainda assim ser a terceira força política mais votada, seguindo-se imediatamente a CDU de Carlos Silva e o BE de Ismael Varanda. Todos tiveram votações inferiores a 5% e por conseguinte, não conseguiram obter qualquer lugar na vereação, onde poderiam intrometer-se na rivalidade entre os dois principais partidos. 
Ao todo, votou 55,4 % da população vareira num registo estatístico que consideramos como minimamente positivo.
Salvador Malheiro se antes governava com relativa facilidade, agora é rei e senhor de Ovar. Nada nem ninguém lhe consegue fazer frente. Nunca o PSD estivera tão forte no concelho. E este cenário parece ser mesmo irreversível durante os próximos tempos. Mérito, sem dúvida, de uma entidade partidária que soube operar no concelho, sabendo mesclar o seu conhecimento tacticista com a obra então apresentada ao povo.




Imagem nº 1 - Salvador Malheiro consegue um segundo mandato para a Câmara Municipal de Ovar, tendo vencido categoricamente as eleições autárquicas no concelho.






Tabela nº 1 - Os resultados finais para a Câmara Municipal de Ovar.
(Clicar em cima para visualizar melhor)
Direitos - SGMAI

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