sábado, 31 de outubro de 2015

As Novas Aventuras do Cão Vicente - As (des)venturas da noite de Halloween - (Ana Roxo)

Na terrífica, horrorosa, temível, horripilante, tenebrosa noite de Halloween, eis que surge das profundezas tétricas, dantescas e abismais, o cãonídeo cãospirador, fantasmagórico, vampiresco, grotesco, cheio de cãosolidada malícia - o Cão Vicente, sempre pronto, para numa cadela, atascar o dente!
Vestido de sanguinário vampiro, feioso, horroroso (mas cá para nós que ninguém nos lê, ele já é descãosoladamente feiolas), lá estava o ser de quatro patas armado em cãozolas! Agora, tipo artista circense lá estava ele em duas patas a andar...e, lá ia ele cão(Penetrado) com a cauda a abanar!
A festa era na casa alternadeira e de luz encarnada da sua ex CãocerTina  -  artista da zona fina - famosa meretriz, para ser mais refinada, excelentíssina cãocubina!
Escondida na festa, vestida de bruxa horrível e enrugada - tal carga ilegal - estava a tia do Cão Vicente, beata e falsamente religiosa, cãodenava ao Inferno aquela festa pavorosa.
A CãocerTina estava vestida daquilo que ela já é -uma bruxa nojenta e a cheirar a chulé!
O cãonídeo vamp ia à festa cãotrapiscar as garinas, que eram todas da casa da luzinha vermelha e de várias zonas finas. Levou cãosigo o cãonivente CãoCrodilo, seu amigo fiel, tal Sancho Pança fiel servo de D. Quixote, também em busca de «moinhos imaginários» - sendo a asneira, cãostante mote.
Cão  as cãoversas de cãotentadiços que se cãotentam cão qualquer porcaria, lá ia ele e o amigo tentar engatar uma cadela vestida de bruxa bravia.
Porém, o Cão Vicente cão fé e cão o cãofé e doces ou travessuras nas mãos, tropeçou na sua disfarçada tia e queimou os qu...tostões! Ela passou-lhe uma rasteira armada em cãospícua senhora...todavia, vocês não sabem quem era esta cãospurcadora. Tinha um ar religioso e santo: mas era uma autêntica cãocajila - escaravelho cãonino e trapaceiro...o que vocês, não sabem, nem ninguém à excepção da CãoCertina, era que era ela a financiadora da zona fina!
Era bem pior do que o sobrinho e era perita em cãoluios majestosos, até fazia acordos com as pulgas do Cão Vicente quando ele tinha ataques de coça aqui, coça ali, cãopiosos.
O pobre cão, vítima de  cãospiração cãodenável...ficou lesionado dos tostões e ficou incãosolável. Valeu-lhe o amigo que o ajudou a trocar de vestimenta...sim, porque fazia parte do plano, mudarem de indumentária para cãofundir as presas cão cãoverseta precária.
Agora estavam mascarados de bruxos de aspecto assustador: um armado em fino e outro em cãoquistador. Cãoquistador de cãofragosa aldrabice - os tostões queimados não davam nem para trocos  - ó que grandíssima foleirice! Mas cá para nós nem sem ser queimados...eram como o dono, uma grande intrujice!
Sem abono de família, nem cãoseguia sequer dançar - decidiu se embebedar -apanhou tamanha cadela que até já via bruxas nas vassouras a voar! Nem podia dar nem doces nem travessuras; então, de forma cãocludente mais uma vez falhou a sua missão de atascar o dente!
O coitado bem queria  cãofraternizar, mas dolorido, queimado, cão  dores, cãodoível, descãocertado  cãotemplativo  e cãotrafeito - bêbado que nem um cacho -  ia em ziquezague sem cãoseguir ir a direito.
A terrível tia ria freneticamente como uma bruxa verdadeira: ria-se da desgraça do sobrinho, mas que grande cãocubineira!
O Cão Vicente podia até não ter jeito de cão; cãoquanto a sua amada tia era pior do que um batalhão!
Triste, só e abandonado. gelado de dor e a querer na sua cama, cãovalescença, lá saiu triste com o CãoCrodilo daquela festa cãoturbada  e extenuante e sem que a maléfica tia desse cãota deram de frosques num instante.
E, lá cãotinuaram a festejar as cãocubinas e agente de crédito delas, mais um grupo de cães sarnentos que gostavam de visitar as cadelas!
Entretanto, o Cão Vicente e os seus amigos, ébrios, descãotentes e nada giros - viam pássaros a voar e cãofundiam-nos cão vampiros!
Ó coitados destes seres agora vestidos de fantasmas...foram praticamente vítimas não só da intrépida tia, mas também das suas tramas!
Entre tramas e enredos, tostões queimados, fantasmas, bruxas, vampiros etc coisa e tal... esta noite de Halloween teve  cãotornos de cena surreal!
Mas nem mesmo assim, o cão aprendia as lições..sempre cãodoreiro para a próxima iria tentar repetir a façanha - este grande trapaceiro.
Não façam vocês como o Cão Vicente, não se armem ao que não são, não usem cãoversas de aldrabões, além de não ser bonito -pode aparecer alguém mais esperto e lá se vão os tostões!
E, assim termina esta história marada e descãocertante...até parece que uma bruxa amaldiçoou o amigo e o errante!


Ana Roxo




Colhereiros avistados na Barrinha de Esmoriz

O Movimento Cívico Pró-Barrinha continua a proporcionar reportagens fotográficas de elevado gabarito na sua página oficial do Facebook. Desta feita, a colectividade logrou registar a presença de colhereiros nas águas da Barrinha de Esmoriz, durante este mês de Outubro.
Os colhereiros nunca foram uma espécie abundante neste sistema lagunar, o que torna mais curiosa a sua passagem. Em termos de descrição geral, os colhereiros são aves pernaltas de pescoço longo, e a sua designação deve-se curiosamente ao seu bico que se equipara ao formato de uma “colher”. Esta ave circula normalmente em pequenos bandos ou até solitariamente, e alimenta-se de peixes, crustáceos, insectos e moluscos. 
Recordamos que, ao todo, se encontram documentadas cerca de duas centenas de espécies de aves que anualmente nidificam ou que, pelo menos, conhecem uma passagem pela Barrinha de Esmoriz.





Foto: Magda Moreira, Movimento Cívico Pró-Barrinha

III Encontro de Psicologia de Esmoriz pugnou por uma educação melhor

Na passada quarta-feira, dia 28 de Outubro, realizou-se no auditório da Junta de Freguesia de Esmoriz o III Encontro de Psicologia de Esmoriz. As palestras desenrolaram-se entre as 9:00 e as 17:30 e, sob o tema das "Novas Gerações, Novos Desafios", incidiriam na complexa temática da Educação Escolar. O evento foi promovido pelo Gabinete de Apoio Psicossocial, representando por Bruno Barros, e pela Junta de Freguesia de Esmoriz. A adesão do público foi considerável, lotando praticamente o mencionado auditório.
Este encontro permitiu debater o estado actual do ensino educativo e sugerir novos métodos/projectos que remetessem para a sua melhoria vindoura. Efectivamente, estiveram presentes conceituados oradores que não deixaram de conceder a sua própria opinião - Francisco Machado (Psicólogo e Docente Universitário do ISMAI), Ana Moreira (Representante do inovador projecto educativo da Escola da Ponte), Ana Guerreiro (Criminóloga no UMAR e que apresentou o Projecto Artways para combater a violência de género), Maria Viterbo e Fernanda Leitão (Equipa do Projecto de Educação de Emoções e Sentimentos). Por outro lado, decorreu ainda a apresentação do Projecto BE EQUAL e um debate derradeiro que juntou alguns alunos do Agrupamento de Escolas de Esmoriz - Ovar Norte, Alzira Santos (Presidente da Associação de Pais da Escola Secundária de Esmoriz), Lúcia Bandeira (Professora do Agrupamento de Escolas de Esmoriz), Andreia Dias (Psicóloga Escolar e da Educação) e Sara Oliveira (Coordenadora da Universidade Sénior de Esmoriz). 
Num balanço geral, podemos aferir que os eruditos convidados elencaram os principais problemas do tradicional Sistema de Ensino que urgem ser corrigidos - a violência escolar, a violência no namoro, a indisciplina, o insucesso escolar, o consumo de substâncias em adolescentes, o isolamento social, o bullying, o desinteresse estudantil pela escola... No entanto, os palestrantes não se cingiram em identificar exclusivamente os defeitos não debelados pela actual estrutura educativa, como ainda deixaram algumas dicas ou recomendações que viabilizassem uma mudança positiva. Neste ponto em particular, citaríamos a intervenção do especialista Francisco Machado que pugna actualmente por uma maior aposta no desenvolvimento das relações inter-pessoais e inclusive do perfil do próprio aluno em detrimento do excessivo protagonismo que recai nas avaliações centradas nos testes/exames. O psicólogo lamenta ainda que seja apenas valorizado o tipo de inteligência "lógico-matemático", descurando-se outras áreas do saber. É, por isso, imperioso reparar estas lacunas através dum comportamento activo que zele pela mudança. Só assim, muitos alunos contornariam a desmotivação e a perspectiva negativa que demonstram sobre a sua escola.
Em jeito de conclusão, o evento sintetizou a necessidade de reformulação da actual conjuntura educativa, tornando-a mais equilibrada, saudável e assertiva. Os psicólogos devem ser embaixadores educativos e contribuir para uma maior harmonia entre as crianças.




Maxwell Aurélien James fotografou Esmoriz (texto de Ana Marques Maia)


Portugal e Espanha: uma bizarra península 



Ponto de partida: Burgundy, França. Destino: Esmoriz, Portugal. Missão: fotografar incessantemente. O fotógrafo francês Maxwell Aurélien James partiu em Junho deste ano, em motociclo, e seguiu viagem optando pelo caminho mais longo e mais lento, ao longo da costa sul da Península Ibérica, passando por Barcelona, Marbella, Faro, Zambujeira do Mar, Lisboa, Nazaré, Rio Meão e finalmente Esmoriz, num total de 7000 kilómetros, sempre por estradas secundárias. "Viajo para poder conhecer pessoas reais através da fotografia", disse o fotógrafo ao P3. O projecto "Spain & Portugal by bike", estreia absoluta do fotógrafo em termos de publicações, documenta então o seu percurso desde o sudoeste francês até ao destino português, descrevendo os locais e pessoas com que se cruzou. Pelo caminho, comenta, "a sensação de liberdade foi aumentanto dentro de mim". "Tinha tudo aquilo de que precisava: câmaras, filme, uma tenda, um saco-cama e dinheiro de bolso para qualquer eventualidade. O que poderia melhorar?" Durante esses três meses e meio "estava a viver uma 'vida fixe', finalmente, nada de sonhos, apenas a VIDA". "Estava a documentar da forma mais espontâea possível, sem pensar no resultado, sem pressão e com muita paixão." E Maxwell apaixonou-se verdadeiramente por Portugal. "É um país incrível com uma enorme riqueza humana. Conheci pessoas muito abertas e simples, amigos verdadeiros com uma identidade latina muito forte." "[Os portugueses] valorizam mais o seu tempo do que outros europeus", garante. "Lembro-me de todas as pessoas com quem me cruzei. A senhora idosa com o telefone na mão, por exemplo, conheci em Esmoriz no mês e meio que passei na cidade. Todas as quartas-feiras, ela colocava uma banca no mercado que ficava abaixo do apartamento onde vivi, junto ao mar. Tentava sempre vender-me qualquer coisa, miniaturas da Kinder, carrinhos, batatas... Naquele dia estavam 35 graus e ela vestia aquele casaco enquanto tentava vender-me aquele telefone que vemos na imagem. Que cenário de filme fantástico!" Outra pessoa, em Esmoriz, resolveu levá-lo até ao seu ginásio privado. "Ele era um pescador, o irmão mais velho de nove rapazes, um homem pobre mas feliz, que não precisava de muita coisa. Construíu um ginásio num quarto e fez com as próprias mãos todos os aparelhos. Foi interessante ver como estava orgulhoso do que tinha realizado." Maxwell Aurélien James prepara uma exposição em Lisboa, para o próximo ano, sobre o universo das motas, projecto que realizou também durante esta viagem. 


Ana Marques Maia


Foto da autoria de Maxwell Aurélien James e Texto da autoria de Ana Marques Maia

Projecto Etwinning distinguido com Selo Nacional de Qualidade

Durante o ano letivo de 2014/2015, foi dinamizado o Projeto eTwinning "Digital eXplorers", no qual participaram os nossos alunos do 10º ano do Curso Profissional Técnico de Multimédia, em parceria com uma escola da cidade de Siauliai - Lituânia. No âmbito deste projeto foram desenvolvidos diversos tipos de materiais de divulgação turística das duas cidades, tendo sido elaborados roteiros turísticos da região de Esmoriz.
Para culminar a nossa participação neste projeto, fomos informados, no passado dia 17 de setembro, que o nosso projeto foi distinguido com o Selo Nacional de Qualidade, atribuído pela Direção Geral da Educação.

O Coordenador do Projeto: António João Lopes

Agrupamento de Escolas de Esmoriz - Ovar Norte





Um Conto de Arrepiar da autoria de Ana Roxo


Um conto de arrepiar


Num mundo de bruxas, fantasmas, vampiros, morcegos e todo o tipo de criaturas terrificamente assustadoras, destacava-se uma bruxa muito muito feia, aliás feíssima – tão feia que até metia dó! Era verdadeiramente assustadora. Tinha um aspecto cadavérico, esquelético, mirrado, mortal, descarnado, escaveirado, esquálido. O seu nariz pontiagudo parecia um apaga-velas: estava amarelecido, enrugado, encrespado, engelhado, enquerquilhado e enrufado.
Os seus olhos negros espelhavam o terror: até saíam das órbitas. O cabelo era um verdadeiramente nojento: não lavava o cabelo há anos. Era um cabelo tão seboso que até parecia que escorria banha de porco por ele abaixo. Mas que ensebado, que sebento, que gordurento!
A bruxa habitava numa velho casebre abjecto e partilhava residência com morcegos, sapos e outras criaturas nauseabundas. Dormia dentro de um enorme barril cheio de teias de aranhas com aranhas daquelas bem nojentas, peludas e carnudas!
Havia mesmo tanoarias ao pé e esse ser feioso e nojento foi lá roubar um grande barril para ser o seu leito de terror! 
Ao lado tinha outro barril, mas cheio de vinho do Porto, que ela bebia sofregadamente e apanhava mocas valentes. Ela também fumava marijuana: andava sempre na ganza e sempre alucinada. Por vezes fazia fogueiras e queimava a maconha e os seus vizinhos do cemitério ao lado ficavam todos marados.
Comia coxas de rã, asas de morcego, sapos, larvas e toda a espécie de seres asquerosos, hediondos, imundos, nauseantes. Fazia uma sopa bolorenta com asas de morcego, larvas e todo o tipo de bichinhos. Depois fazia um prato com coxas de rã com minhocas e metia no meio de um pão preto como o carvão. Aliás, os dentes da bruxa também eram pretos como tição!
Junto à velha tanoaria existia um cemitério! Era Dia de Halloween – como sempre, por volta da meia-noite (mais coisa menos coisa), zombies, fantasmas e todo o tipo de criaturas horrendas e amarelentas saiam dali prontas a assustar os humanos. A bruxa não gostava nada de concorrência! Era invejosa e muito mázinha!
Naquela noite, estes seres saiam dos cemitérios e iam assustar os humanos mais incautos; a bruxa, por sua vez, passava a vida a pregar partidas: doces ou travessuras; porém os seus doces estavam embruxados e tinham por cima uma espécie de gosma.
Os pescadores, os tanoeiros e todos os habitantes daquela pequena cidade, já estavam cansados das tropelias e das maldades da bruxa Tuxa –era este o nome de tão cruel, insensível, malvada, seca, má, áspera, descarinhosa, e ríspida mulher que praticava bruxaria.
Tinha gosto em poluir os cursos de água da pequena cidade com as suas poções. A Barrinha da cidade, apesar de ainda bela, estava suja por causa das nojeiras com propriedades mágicas malignas que esse ser bruxento colocava nas águas.
Inúmeras aves e plantas habitavam aquela barrinha; todavia a bruxa não gostava nada das belas aves e das preciosas plantas e flores: passava a vida a fazer maldades.
Cansados de tanta fereza, resolveram unir forças para tentar neutralizar essa temível criatura diabólica: toda a população se uniu: pescadores, tanoeiros, bombeiros, guardas e toda a gente das mais diversas áreas e profissões. E, então pensaram:
- Irra, a paga para esta bruxa será pagar da mesma moeda e ela provar do seu próprio veneno.
Então, foram a uma terra longínqua consultar uma bruxa boa (sim, porque também há bruxas boas) para saberem como deviam proceder.
Entre poções, unções –tudo digno prepararam uma gigantesca, monumental facécia! Como ela gostava da pinga e da maconha foi mais fácil pregar-lhe a partida – agora tudo o que ela tinha feito estava ela a receber, porque, na vida, colhemos o que plantamos e a bruxa Tuxa estava apenas a ver que a vida é justa e quem prevarica acaba sempre por receber em troca o que plantou.
Ela fugiu para longe e nunca mais apareceu pela cidade. Tornou-se eremita e andava por aí pelos montes toda andrajosa mas ciente que ser má só lhe trouxe dissabores; por isso, dedicou-se a uma vida de expiação, de tentar alcançar o seu nirvana, esquecendo-se por completo das duas terríficas maldades e agora não comia aquelas coisas nojentas mas aproveitava o que de melhor a natureza tinha.
Até os seres que habitavam o Jardim das Tabuletas: estavam mais descansados: também era só numa noite que saiam às ruas para assustar e os habitantes já estavam habituados e já esperavam por eles dando-lhes doces. E estavam contentes com a saída da bruxa.
Os habitantes da pequena cidade, tentavam agora reconstruir e limpar o que a bruxa destruiu ou sujou – a tarefa mais difícil era a despoluição da tão bela barrinha, mas a esperança é sempre a última a morrer, lá diz o adágio popular e a maldade também nunca é boa conselheira. E a feiticeira maldosa, fugiu a sete pés mas aprendeu uma grande lição: o melhor da vida são os sentimentos e as acções que vêm do Coração!



Ana Roxo





Várias zonas da cidade passam a ter guarda-nocturno

Várias zonas da cidade passam a ter guarda-nocturnoAs zonas do Carregal, Furadouro e S. João passam a ter também vigilância assegurada através de guardas-nocturnos.
As licenças para o exercício da actividade foram entregues, esta quinta-feira, pelo presidente da Câmara Municipal, Salvador Malheiro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. O autarca referiu “decidimos licenciar este serviço, de acordo com a nova legislação, porque para nós é demasiado importante a protecção e a segurança pública. Reconhecendo mérito e espírito empreendedor nos novos guardas noturnos, desejamos muito sucesso nesta nova actividade”.
A Câmara Municipal de Ovar criou o Serviço de Guarda-Noturno, por entender que é mais um contributo para a segurança de pessoas e bens, em articulação com as Forças de Segurança e a Corporação  dos Bombeiros Voluntários de Ovar.
Decorrido o procedimento e demais trâmites inerentes ao concurso, na ultima reunião da Câmara Municipal, de 22 de outubro, foi aprovado o relatório final do concurso para o exercício da atividade de Guarda-Noturno, tendo sido atribuídas as seguintes licenças e respectivas áreas de intervenção:
  • José Manuel da Silva Godinho – 910634758 -  Área 1 (Limite Nascente definido pela rotunda do Carregal (definido pela EN 327); Limite Poente definido pela linha de mar; Limites Norte e Sul correspondentes com os limites da Freguesia de Ovar);
  • Rui Manuel da Silva Gueifão – 963540326 – Área 2 (Limite Poente definido pela rotunda do Carregal (definido pela EN 327); Limite Nascente definido pela linha do caminho-de-ferro; Limites Norte e Sul correspondentes com os limites da Freguesia de Ovar);
  • Miguel Ângelo Mendes Ferreira – 963261148 – Área 3 (Limites Poente, Nascente, Norte e Sul correspondentes aos limites da Freguesia de S. João).

Notícia e Foto extraídas integralmente do Site OvarNews

Arruamentos inundados em Esmoriz geram alguma indignação nas redes sociais






O mau tempo provocou estragos e inundações em vários pontos do país. O concelho de Ovar, e em concreto, a cidade de Esmoriz não foram alheios a esta realidade. Como consequência deste facto, alguns cidadãos reclamaram, via Facebook, a necessidade urgente de intervenções em algumas vias de Esmoriz e Gondesende que se encontram em condições muito debilitadas e inclusive pouco transitáveis. 
A foto em cima foi-nos enviada pelo leitor Duarte Reis.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Poema do Mês de Outubro de 2015


Poema Melancólico a não sei que Mulher
(Versos da autoria de Miguel Torga, 1907-1995)


Dei-te os dias, as horas e os minutos 
Destes anos de vida que passaram; 
Nos meus versos ficaram 
Imagens que são máscaras anónimas 
Do teu rosto proibido; 
A fome insatisfeita que senti 
Era de ti, 
Fome do instinto que não foi ouvido. 

Agora retrocedo, leio os versos, 
Conto as desilusões no rol do coração, 
Recordo o pesadelo dos desejos, 
Olho o deserto humano desolado, 
E pergunto porquê, por que razão 
Nas dunas do teu peito o vento passa 
Sem tropeçar na graça 
Do mais leve sinal da minha mão... 




Miguel Torga
Direitos - Wikipédia/Citador

Cartoon do Mês de Outubro de 2015


Foto do Mês de Outubro de 2015



Imagem nº 1 - Manifestação de solidariedade para com Luaty Beirão e seus 14 colegas que foram detidos preventivamente, acusados de alegado envolvimento numa conspiração contra o regime angolano. Luaty esteve 36 dias em greve de fome, atraindo a atenção da comunidade internacional e fragilizando, em simultâneo, a credibilidade do governo encabeçado por José Eduardo dos Santos. Não há causa maior do que a luta pela liberdade!

Agitação Marítima "arrasa" costa de Esmoriz e Furadouro (com imagens e vídeo)

Apesar do "alerta amarelo" sinalizado pelo IPMA para o distrito de Aveiro, a verdade é que a situação está a revelar-se bem mais crítica do que muitos julgavam. Além das chuvas torrenciais que se fazem sentir, a agitação marítima tem constituído uma séria ameaça na nossa zona costeira. 
No Furadouro, um bar foi completamente arrasado pelas ondas do mar bravo, e há registo de vários arruamentos inundados. Em Esmoriz, o cenário também não é nada animador. A Praia do Cantinho está completamente submersa, com as ondas do mar a bater com força no extenso paredão horizontal, transbordando ainda torrentes de água para o pequeno passeio pavimentado na sua retaguarda. A situação aparenta ser menos gravosa na Praia da Barrinha, mas as águas já destruíram aí a parte final do recente "passadiço de entrada" e podem ainda ameaçar os bancos fixados mais à frente, isto é, nas proximidades do parque de lazer.
Nos últimos tempos, o debate político em torno do avanço marítimo ou erosão costeira não produziu quaisquer resultados concretos. As autarquias não têm outra hipótese senão efectuar remendos, tentando minimizar os estragos causados. Mas a verdade é que isto não chega... 
Lisboa e Bruxelas continuam a não encarar com a devida atenção o grave problema que se verifica na actualidade e que coloca em causa a segurança das comunidades costeiras. Quando não há vontade política neste dossier, então é quase impossível que aconteçam milagres ou resultados que permitam, pelo menos, atrasar ao máximo o avanço marítimo. 
Seguem-se imagens sobre as realidades testemunhadas na faixa litoral esmorizense e no Furadouro, durante o dia de hoje.


















Foto - Tiago Carriola 




Foto: Susana Duarte

Proposta para implementação de Meios Humanos formados em Suporte Básico de Vida nas escolas do concelho

Se vive no concelho de Ovar então receberá um pequeno envelope contendo um boletim de voto nas propostas ao Orçamento Participativo. Deverá votar até ao dia 31 deste mês em 3 das 14 propostas em votação.
Apresentei a proposta numero 14 (a última no boletim). Penso que todos temos a ganhar com a implementação desta proposta que visa dotar as escolas e espaços desportivos do concelho de meios humanos formados em Suporte Básico de Vida e com desfibrilhador para os casos mais graves.
Basicamente, resume-se a Preparar OVAR para SALVAR.
Pode votar através da internet no seguinte endereço: http://op.cm-ovar.pt/






Grupo de Teatro Renascer apresentou peça infantil "Era uma vez um Dragão"

O XVI Festival de Teatro de Esmoriz tem presenteado as suas plateias com espectáculos de indubitável qualidade através da participação de vários grupos convidados de Norte a Sul do País. O programa de eventos para Outubro já terminou, mas ainda se seguem novas iniciativas promissoras no mês de Novembro.
No passado dia 25 de Outubro (domingo à tarde), mais de 100 espectadores assistiram à peça infantil "Era uma vez um Dragão", a qual contava com um elenco bastante jovem do Grupo de Teatro Renascer que começou a dar os seus primeiros passos na arte da representação. 
Na assistência, encontravam-se ainda muitas crianças que se divertiram ao máximo com esta iniciativa que pretendeu transmitir fantasia e alegria.
No final, decorreram ainda "baptismos" destinados aos actores estreantes, mediante recurso a pequenas garrafas de água.
Os pais das crianças felicitaram o Renascer (a encenação pertenceu a João Gomes) pelo bom serão que foi assim disponibilizado aos mais novos.




Foto - Grupo de Teatro Renascer

Um fim de semana desportivo 100% proveitoso

No futebol, o Sporting Clube de Esmoriz regressou às vitórias, triunfando na deslocação ao AD Valonguense por 4-3. Num jogo impróprio para cardíacos, os golos esmorizenses foram apontados por Bruno Morcela, Pedro Godinho, Joca e Pedrinho. A instituição desportiva somou assim a sua segunda vitória na competição, e ocupa neste momento a 13ª posição com 6 pontos somados (embora com um jogo a menos). Na próxima jornada, o Sporting Clube de Esmoriz recebe o São João de Ver, partida que poderá ser crucial para a turma da Barrinha descolar definitivamente para uma boa série de resultados, depois de um período turbulento.
No voleibol, o Esmoriz Ginásio Clube alcançou mais um triunfo fora de portas. Depois de já ter vencido no recinto da Académica de Espinho, a equipa da Cidade da Tanoaria venceu o Leixões em Matosinhos por 3-0 em sets (parciais de 25-23, 25-22, 25-21) e encontra-se na 7ª posição com 6 pontos em 4 jornadas.
O Esmoriz Ginásio Clube irá comemorar 48 anos de existência no próximo dia 14 de Outubro, marco histórico que procurará reavivar o legado desportivo da instituição que, ostenta no seu palmarés, 50 campeonatos nacionais e 1 taça de Portugal (tendo em conta, o somatório das conquistas verificadas nas camadas jovens e seniores).
Em jeito de balanço final, Sporting Clube de Esmoriz e Esmoriz Ginásio Clube podem ambicionar, nas respectivas modalidades, uma manutenção tranquila, além de usufruírem da aposta nos seus jovens talentos.

Centro de Assistência Social apresenta a sua nova carrinha





Após muitas batalhas burocráticas, o Centro de Assistência Social de Esmoriz adquiriu finalmente a sua nova viatura destinada a prestar apoio domiciliário em todo o município de Ovar. A carrinha encontra-se caracterizada a rigor com o logotipo da instituição de cariz social, os respectivos números de contacto e exibindo ainda a imagem duma senhora a zelar pelos cuidados de uma idosa. 
A colectividade espera ainda adquirir uma segunda viatura para o mesmo efeito, de forma a responder às diversas necessidades sociais do concelho.


quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Emanuel Bandeira apela ao voto no "Ponto Jovem" (Orçamento Participativo 2015)

E se, com um simples gesto, pudesse ajudar milhares de jovens? Fazia a coisa certa?
O «PONTO JOVEM» quer ser o projeto de todos os jovens do município de Ovar! É uma ideia abrangente, pensada por jovens e que favorece TODAS AS FREGUESIAS! Não há cá exclusões, a ideia é beneficiar toda a gente! O objetivo é ajudar os jovens em várias vertentes (por exemplo, nas questões de emprego). Mas isto só é possível se nos unirmos em volta desta ideia e lhe dermos força. Como? É simples, não custa nada, nem um minuto demora! Basta VOTAR #007- Ponto Jovem em http://op.cm-ovar.pt/… .
Se não lutarmos por um futuro melhor, quem vai lutar?
ATENÇÃO!!! Para o voto ser válido é OBRIGATÓRIO: 
(1) VOTAR EM TRÊS PROPOSTAS (se não, nenhum dos votos conta!); 
(2) Ter pelo menos 18 anos; 
(3) Estar recenseado numa freguesia do concelho de Ovar






Correio do Leitor - Jorge Luís Valente critica o estado do cais do Puxadouro

Aqui está a vergonha de Válega, do cais do Puxadouro. Esta lama toda devia de sair para ficar um trabalho perfeito. Mas andam a arranjar do lado da estrada. E a partir do outro lado, deviam de ver todos os cais da Murtosa e Pardilhó - estão todos em betāo, e o nosso de Válega vai ser em pedrinhas. Vai ficar uma verdadeira "merda". Só os que têm lá barcos é que sabem o que se está lá a passar. Visitem para vocês verem a vergonha do nosso cais. Obrigado a todos. 




Texto e Foto de Jorge Luís Valente



Nota-extra - Apesar de ser imperioso ressalvar o facto das obras não estarem ainda concluídas (é necessário esperar pelo resultado final das mesmas e proceder à respectiva avaliação), a verdade é que estas imagens causam-me alguma apreensão ou cepticismo. Sinceramente, espero que as obras terminem bem e com resultados positivos, mas confesso que começo a ficar desanimado nestas matérias de protecção da natureza concelhia. Oxalá que esteja enganado e que venha daqui a uns meses elogiar o trabalho dos profissionais. Era o que eu mais queria, mas...

Bloco de Esquerda exige requalificação da Barrinha de Esmoriz

O BE visitou a Barrinha de Esmoriz, com Luís Fazenda a defender o combate à poluição a montante da Barrinha para, de uma vez por todas, requalificar este importante ecossistema.
Luís Fazenda lembrou que nos últimos 15 anos foram várias as iniciativas que os bloquistas apresentaram contra a degradação e a poluição daquela área. “Foi sempre adiado qualquer projecto de fundo, qualquer solução estrutural”, lamentou.
As propostas do Ministério do Ambiente para criação de infra-estrutras na zona não resolvem o problema e sobre a questão de fundo continuam a não existir qualquer resposta. “A poluição a montante, aquela que chega à lagoa provinda de descargas de afluentes industriais, não é colmatada nesse plano, nem é resolvida. Enquanto não houverem medidas sérias que acabem com esses focos de poluição, não há soluções efectivas para a Barrinha”, considerou.




BE Barrinha

Notícia e Foto retiradas da Página do OvarNews

Junta de Freguesia de Esmoriz indignada com o desaparecimento de árvores

A Junta de Freguesia de Esmoriz lamenta o desaparecimento de árvores que haviam sido plantadas em algumas avenidas da cidade. A situação mais revoltante verificou-se na Avenida da Barrinha, onde a Junta local tinha plantado mais de 40 árvores. Através da sua página do Facebook, António Bebiano, Presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz, censurou estas lamentáveis ocorrências e apelou ao civismo e à protecção dos bens colectivos por parte dos cidadãos. 
Em causa, poderão estar actos de vandalismo gratuito ou até de furto para fins decorativos privados.




Imagem nº 1 - A Avenida da Barrinha ficou sem algumas das suas árvores plantadas. Este facto motivou uma reacção imediata do Presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz - António Bebiano que repudiou o acontecimento.


Esmoriz Ginásio Clube conquista primeira vitória no Campeonato Nacional de Voleibol (época 2015/2016)

Depois de ter perdido na primeira jornada em casa diante do Castelo da Maia (1-3), o Esmoriz Ginásio Clube provou do sabor da vitória à segunda jornada, tendo derrotado a Académica de Espinho por 3-0 em sets (25-22, 25-22, 25-21). A turma da Barrinha foi assim feliz em Espinho, e demonstrou que está preparada para realizar uma temporada tranquila (recordamos que apenas o último classificado desce de divisão). Como neste fim-de-semana havia jornada dupla, o Esmoriz Ginásio Clube foi derrotado em casa por 0-3 em sets diante do vice-campeão Fonte Bastardo, em partida a contar para a terceira jornada.



Foto - Página do EGC no Facebook



Nota-extra: No futebol, o Sporting Clube de Esmoriz foi derrotado na difícil deslocação ao terreno do União de Lamas por 3-0. No entanto, os adeptos acreditam que a situação irá melhorar nos próximos tempos, o que permitirá à turma esmorizense abandonar os últimos lugares da tabela.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Concurso de Fotografia - Pão de Ló de Ovar


CONCURSO DE FOTOGRAFIA
“ Pão de Ló de Ovar ”


REGULAMENTO
PREÂMBULO

Com o presente Regulamento pretende a Confraria do Pão de Ló de Ovar definir as regras do Concurso de Fotografia “Pão de Ló de Ovar” ,entre o dia 17 de Outubro de 2015 (haverá uma explicação do concurso ,para todos os interessados,no bar do centro de arte de ovar pelas 15h),a14 de Novembro de 2015.

Artigo 1º (Âmbito e aplicação)
O Concurso fotográfico “ Pão de Ló de Ovar” é um evento organizado pela Confraria do pão de Ló de Ovar, que tem como objectivo a promoção e divulgação do Pão de Ló de Ovar. Desta forma será possível divulgar , bem como sensibilizar toda a população para o elevado potencial deste ex-libris que o concelho possui.

Artigo 2º (Suporte fotográfico)
Só serão admitidos a concurso trabalhos em suporte fotográfico em papel ,e suporte digital dos mesmos,em JPEG
Não poderá ser utilizado qualquer programa de edição fotográfica(ex.photoshop)

Artigo 3º
(Inscrições / Condições de participação)

1. Pode participar no concurso de fotografia todos os interessados, mediante inscrição prévia ,com pagamento de 10 pães de ló, no bar do centro de arte de Ovar ou por correio electrónico (confrariadopaodelodeovar@gmail.com).

2.Os concorrentes deverão utilizar o seu próprio material, incluindo cabos de conexão e qualquer outro equipamento necessário, para a entrega das fotografias.

3.Não poderão concorrer a este concurso os elementos da organização do evento, os membros do júri, bem como os familiares em primeiro grau,e,ou profissionais.

Artigo 4º (Especificações)
1. Ficará ao critério dos concorrentes a definição da resolução das fotografias digitais.
2. Os concorrentes terão de fotografar obrigatoriamente o tema especificado.
3. O numero de fotos a apresentar será de quatro,do tamanho A3.

Artigo 5º (Entrega dos trabalhos)
1. As fotografias a concurso ,assim como o suporte digital,terão de ser entregues no dia 14 de Novembro de 2015, das 14,30H até ás 17H,no bar do centro de arte de Ovar.

Artigo 6º
(Júri)
1. A avaliação e a selecção dos trabalhos, serão efectuadas por um Júri de 5 (cinco) elementos ,sendo dois licenciados em fotografia.
2. Os nomes dos elementos do júri serão posteriormente anunciados na pagina do facebook ,da confraria do pão de ló de ovar.

Artigo 7º
(Selecção e Classificação)
1. Os critérios de selecção e de classificação dos trabalhos por parte do júri nomeado para a selecção de prémios, devem reportar-se ao enunciado no artigo 4º deste regulamento.
2. Os trabalhos serão classificados do 1º ao 5º lugar.

Artigo 8º (Prémios)
Serão atribuídos prémios aos primeiros cinco classificados.
Haverá prémio de participação.

Artigo 9º
(Comunicação dos resultados e entrega dos prémios)
A divulgação dos resultados do concurso, assim como a entrega dos prémios, será realizada no dia 7 de Dezembro de 2015, a todos os concorrentes.

Artigo 10º
(Exposição e Publicação dos Trabalhos Premiados)
Os trabalhos premiados serão apresentados numa exposição a realizar no bar do centro de arte de Ovar, pelas 21 horas,no dia 7 de Dezembro de 2015 até ás 18h de 15 de Dezembro de 2015

Artigo 11º
(Disposições a serem definidas, em cada edição, pelo chancelaria)
Em cada edição do concurso, a chancelaria definirá o seguinte:
- Data concurso;
- Período de inscrição;
- Número limite de participantes;
- Temas;
- Número de fotografias por concorrente e por tema;
- Data e hora para entrega dos trabalhos;
- Constituição do Júri.

Artigo 12º (Exclusão de concorrentes)
A falta de qualquer elemento ou o não cumprimento de qualquer dos itens do presente Regulamento, implica a exclusão do concorrente.

Artigo 13º (Direitos de Autor)
Ao participar no “concurso fotográfico Pão de Ló de Ovar”, cada autor cede o direito de reprodução das suas obras à CPLO, que se compromete a não as utilizar para fins comerciais, apenas na promoção e dinamização do Projecto Pão de Ló de Ovar, indicando sempre a autoria das mesmas.
As fotografias estarão a ordem da CPLO,desde a sua entrega ,até 15 de Janeiro de 2016. A CPLO poderá fazer exposições, com as referidas fotografias noutros locais.

Disposições Finais

Artigo 14º
(Limite de Responsabilidade)
A CPLO não se responsabiliza por quaisquer danos físicos ou materiais que, no decurso do concurso fotográfico”Pão de ló de Ovar”, possam resultar para os participantes.

Artigo 15º
(Casos Omissos)
Os casos omissos não previstos neste Regulamento são da competência da chancelaria da confraria da CPLO.

Artigo 16º
(Aceitação das normas de participação)
A participação no concurso fotográfico”Pão de Ló de Ovar” implica o integral conhecimento, adesão e plena aceitação das presente
A chancelaria da CPLO
Nib. para inscrição: 0010 0000 53132240001 41
-Critérios de seleção: a seleção das fotografias levará em consideração
critérios estéticos da imagem, criatividade, originalidade e enquadramento no
tema do concurso.
-Cada fotografo terá que numerar de um até quatro , as suas fotos,nas costas ,sendo a numero um, para concurso ,e, as outras três ,não serão classificas mas sim expostas.






terça-feira, 13 de outubro de 2015

O Príncipe que visitou a Barrinha... (2ª Reportagem Celebrativa dos "1500 Textos")


1. A sua passagem pela Barrinha


Corria o ano de 1842, quando o príncipe alemão Félix Lichnowsky visitou Portugal, tendo procedido à descrição de diversos lugares "lusitanos". A Barrinha de Esmoriz teve a sorte de ser uma das pérolas contempladas durante a sua digressão.
Na sua colossal obra "Esmoriz e a sua História" (p. 242; monografia publicada em 1986), o padre Aires de Amorim afirma o seguinte:


"No século passado, em 1842, o príncipe alemão Félix Lichnowsky descrevia a Barrinha de Esmoriz como um «extenso e profundo braço do mar", cuja travessia lhe durara um quarto de hora".


O leitor poderá cair na tentação de desvalorizar este pequeno testemunho, mas recomendamos a que não o faça, porque a partir daqui poderemos extrair uma vastidão de conclusões.
Em primeiro lugar, encontramos registo de um conceituado príncipe estrangeiro que navegou sobre as águas da Barrinha de Esmoriz. Terá sido o único da história a fazê-lo? Ou será que também tivemos reis portugueses que o fizeram no passado, embora tal feito nunca tivesse ficado perpetuado na documentação? Claro que não possuímos elementos que nos permitam fornecer uma resposta concreta a estas questões, mas não deixa de ser relevante o facto da Barrinha ter sido visitada por um príncipe alemão, durante o século XIX. Nessa altura, relembramos que Esmoriz era apenas uma povoação rural, contando com uma população cifrada entre 1000 a 2000 habitantes (segundo dados demográficos conhecidos para 1864, existiriam 1952 moradores em Esmoriz).
Em segundo lugar, podemos realçar que a caracterização efectuada por parte de Félix Lichnowsky nos remete para a existência duma lagoa que ainda mantinha consideráveis dimensões. Por isso, não hesitou em descrevê-la como "um extenso e profundo braço do mar" e confessou ainda que a travessia lhe tinha durado 15 minutos, período de tempo que tende a confirmar a realidade que acabamos de ilustrar. Por outras palavras, os graves problemas de assoreamento e da poluição com os quais a Barrinha se depara agora, não existiam com a mesma expressão em meados do século XIX.
É claro que partimos do princípio que, nesse ano de 1842, o príncipe Félix terá encetado a travessia de barco, até porque a ponte datada do ano de 1806 que estabelecia a ligação entre Esmoriz e Paramos estaria já em péssimas condições (a segunda ponte, também efémera, só seria construída em 1854, depois da primeira já se encontrar em muito mau estado ou até mesmo intransitável). Aliás, se ainda se reunissem condições para atravessar a Barrinha através da ponte rudimentar (apesar da insegurança total), o príncipe germânico não desperdiçaria 15 minutos a fazê-lo, mas seguramente muito menos tempo. No entanto, cremos que a "primeira" ponte de 1806 estaria já praticamente desabilitada em 1842... Por outro lado, as travessias de barco deveriam ser frequentes durante o século XIX, com muitas delas a conhecerem o seu ponto de partida no cais localizado nas proximidades da Estação de Esmoriz (esta inaugurada em 1863). No entanto, desconhecemos se esta prática específica já se vislumbrava em 1842, altura da visita do afamado príncipe. 
A tradição inerente à presença de barcos na Barrinha de Esmoriz é algo que já remonta às inquirições de D. Dinis no século XIII (1288), onde foi feita menção à existência dum pequeno porto que serviria de abrigo a pequenas ou médias embarcações conotadas com a prática pesqueira. No entanto, cremos que esse porto se terá extinguido num período bem anterior ao século XIX.
Por fim, registamos outra conclusão à volta deste testemunho - era seguramente bastante arriscado ou até ousado atravessar a nado a lagoa nesses tempos. Decerto que, na altura, existiam memórias trágicas motivadas pelas águas traiçoeiras que desgraçaram as vidas de pescadores, aventureiros ou até de banhistas azarados. A sua extensão e profundidade garantiam-lhe uma beleza ímpar naqueles tempos, mas também impunham respeito a qualquer um, até mesmo ao príncipe alemão que não hesitou em recorrer a um barco para atravessar a Barrinha em segurança.





Imagem nº 1 - A Barrinha de Esmoriz já foi visitada no passado por personalidades reputadas, mas será que ela não guardará exclusivamente para si própria segredos ou histórias passadas que jamais os historiadores contemporâneos lograrão desenterrar?
Retirada de: http://ondaseventania.blogspot.pt/, (Álvaro Reis)




2. Quem era Félix Lichnowsky?


Félix foi o quarto príncipe de Lichnowsky (estatuto que aparentemente lhe cedeu o "apelido") e conde de Werdenberg, tendo vivido entre os anos de 1814 e 1848. A posição que ocupava conferia-lhe algum prestígio. Os "Lichnowsky" pertenciam à alta aristocracia, e a existência desta família ou linhagem nobiliárquica remontava ao século XIV com raízes situadas na Silésia e na Morávia. 
Em 1834, Félix ingressou no exército prussiano, mas quatro anos depois, já o encontramos a servir D. Carlos, pretendente ao trono espanhol, e no decurso dessa sua aventura, chega a alcançar a patente de brigadeiro. Ficaria ferido com gravidade após um duelo com o General Montenegro, e acaba mesmo por abandonar Espanha para depois circular por grandes cidades como Paris, Bruxelas e Berlim. Nestas suas deslocações pela Europa, terá então tido tempo em 1842 para visitar Portugal (tinha na altura 28 anos de idade).
Durante a década de 1840, foi ainda membro da Dieta Prussiana (Parlamento da Prússia) e "deputado" eleito da Assembleia Nacional Alemã. Nesses seus novos afazeres destacou-se em matérias económicas, constitucionais e inclusive em assuntos de política externa.
Félix Lichnowsky também nos deixou importantes escrituras, onde censurava as exageradas regalias que os nobres espanhóis usufruíam, enquanto a miséria popular abundava naquele país. Por outro lado, criticou as condições desumanas dos operários têxteis na Silésia, sugerindo medidas que remetessem para uma maior dignificação do seu trabalho. Defendeu também a promoção das exportações deste sector específico dos têxteis. Considerava-se ainda um ardente defensor da Legitimidade Católica e pugnou pela causa duma monarquia constitucional.
Por outras palavras, Félix não era apenas um alto aristocrata, mas igualmente um pensador político e um homem de causas.
Em 1848, foi trucidado juntamente com a sua escolta por uma multidão (ou quadrilha) furiosa de revoltosos que não digeriu bem a Trégua de Malmö que traduziu-se na assinatura dum cessar-fogo que favoreceu os interesses dos dinamarqueses que assim mantiveram o seu controlo sob os ducados de Schleswig e Holstein.
Tal como o seu avô (Karl Alois) que fora protector de Beethoven, também Félix foi uma espécie de mecenas, tendo apoiado Georg Friedrich List (1789 - 1846), um economista que defendia a integração económica entre países que possuíssem um nível equiparável de desenvolvimento, além de apelar ao proteccionismo das nações menos desenvolvidas. 





Imagem nº 2 - Félix Lichnowsky (1818-1848) foi príncipe, militar, político, pensador e ainda mecenas.
Retirada do Wikipédia.





Imagem nº 3 - O príncipe germânico Félix Lichnowsky e o seu general Hans von Auerswald foram assassinados por uma multidão em fúria. Apesar de fatalmente ferido, Félix só sucumbiria no dia seguinte ao ataque cruel.
Retirada do Site Wikiwand




Tropper 1849.jpg

Imagem nº 4 - Os dinamarqueses retornam triunfantes à sua capital - Copenhaga (ano de 1848).
As tréguas de Malmö afectaram definitivamente a credibilidade de Félix Lichnowsky, representante da Confederação Germânica e da Prússia que havia participado nas negociações, acabando este por sucumbir a um ataque de revoltosos, durante aquele ano terrível que foi marcado por levantamentos em toda a Europa.
Quadro da autoria de Otto Bache




3. Anexo - Porque é que Félix Lichnowsky visitou Portugal?


"Preocupada com o endividamento de Portugal perante Inglaterra, D. Maria II terá pedido a colaboração de seu marido, D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha-Koháry, que decidiu estudar a situação para lhe encontrar uma solução. Assim foi que o Príncipe Félix Lichnowsky, famoso pela sua actividade no campo da política económica, foi convidado a visitar Portugal.
Para além do endividamento externo de Portugal, Lichnowsky ficou chocado com a miséria em que o povo português vivia e com o atraso flagrante de todo o país. Isso constatou na visita que decorreu entre 24 de Junho e 5 de Agosto de 1842, impressões que deixou claramente expressas no livro que publicou um ano depois da visita intitulado Portugal: Memórias de 1842.
 Para referir um exemplo do atraso geral, Lichnowsky informa os seus leitores de que em Portugal havia apenas dois breves trechos de estradas pavimentadas e, mesmo assim, com despicienda manutenção: Lisboa-Sintra e Condeixa-Coimbra. O diagnóstico da situação referia também a carência de caminhos-de-ferro e da regularização de cursos fluviais (sobretudo o Tejo e o Mondego). Portugal dependia do seu litoral para aceder ao desenvolvimento a fomentar pelo comércio internacional. Apenas os portos de Lisboa, Setúbal, Porto e Aveiro dispunham de condições para exportar o sal marinho, a cortiça, o azeite, a fruta e o vinho, produtos que, no âmbito do relacionamento preferencial com Inglaterra, tornavam a balança comercial portuguesa muito negativa e, daí, o endividamento externo.
 O relacionamento preferencial de Portugal com Inglaterra resultava linearmente, na opinião de Lichnowsky, do Tratado de Methuen. Ou seja, Portugal teria que diversificar as suas preferências comerciais externas e, para tal efeito, nada melhor do que estabelecer novas relações com a Prússia.
 Baseado no liberalismo de Adam Smith, o Tratado de Methuen, também referido como Tratado dos Panos e Vinhos, foi um diploma assinado entre Inglaterra e Portugal em 27 de Dezembro de 1703 e previamente negociado pelo Embaixador extraordinário britânico John Methuen em representação da Rainha Ana da Grã-Bretanha e por D. Manuel Teles da Silva, marquês de Alegrete, em representação de D. Pedro II.
Pelos seus termos, os portugueses comprometiam-se a consumir os têxteis britânicos e, em contrapartida, os britânicos comprometiam-se a comprar os vinhos de Portugal"


Este texto citado é da autoria de Henrique Fonseca




Referências Consultadas:





Artigo Escrito no Âmbito da Meta Alcançada dos 1500 Textos Publicados no Blog

Artigo do Leitor - "Semáforos desligados há quase um ano"

"A situação já se arrasta há vários meses, e os perigos são reais, sobretudo às horas de maior tráfego, nomeadamente na altura do almoço ou fim das aulas. 
Naquele cruzamento da Estrada Nova junto às escolas, a anarquia de veículos chega, nalguns momentos, a ser quase total, condicionando a circulação automóvel, além de que as passadeiras utilizadas pelos alunos raramente são respeitadas. Como se não bastasse, lamentamos ainda a falta de civismo dos condutores que não hesitam em estacionar em cima dos passeios. 
Esperemos que as entidades competentes se aprestem a resolver esta situação, sob pena de um dia acontecer um acidente perigoso.
Como disse, isto é algo que dura há vários meses e que alimenta assim a insegurança e a falta de civismo, e não percebo porque é que ainda ninguém se dignou a resolver este problema".




Artigo da autoria de Rúben M.




Barrinha de Esmoriz será reabilitada ainda neste trimestre final de 2015? Sim ou não?





Fonte: Notícia do Correio da Manhã em Junho de 2015



O mês de Setembro já passou. 
O mês de Outubro já vai nos seus "meados".
E até ver, apenas os nossos amigos flamingos e colhereiros decidiram fiscalizar a situação na lagoa.
Esperemos que as obras arranquem neste trimestre final de 2015, conforme foi prometido. E que as mesmas sejam realizadas com a devida eficácia.
Estaremos pois atentos a tudo...

Sporting Clube de Esmoriz arranca primeira vitória da temporada

O Sporting Clube de Esmoriz voltou finalmente a provar o sabor da vitória, tendo alcançado uma vitória clara e justa diante do Alba por 3-1. 
O primeiro tento da equipa da casa resultou num auto-golo, e o segundo e terceiro golos foram apontados respectivamente por Diogo Russo e Joca.
O Estádio da Barrinha voltou a vibrar com este triunfo, e acredita-se que a equipa entrará agora num ciclo onde os resultados positivos deverão imperar com maior incidência. A equipa está na 16ª posição com 1 vitória e 2 derrotas, mas tem ainda um jogo a menos (a deslocação ao Fiães foi adiada para Dezembro). Na próxima jornada, os esmorizenses têm um jogo difícil no terreno do União de Lamas, mas a equipa já está a recuperar o alento. 





Foto - Página do Sporting Clube de Esmoriz no Facebook



Nota-extra: No Campeonato Nacional de Voleibol, o Esmoriz Ginásio Clube estreou-se com uma derrota caseira diante do Castelo da Maia por 1-3 em sets. No entanto, ainda há muito campeonato pela frente. O objectivo principal passará por alcançar a manutenção.

sábado, 10 de outubro de 2015

"Poema ao Cunha" (autoria de Ana Roxo)



Poema ao Cunha
(Autoria: Ana Roxo)


Lá ia ele com especial cunho
E cheio de merda na algibeira,
Armado em fino; porém, grunho,
O Cunha cheio de caganeira!

Com o seu enorme poder «cunhal»
Maior que os cabelos de Jezebel
Ainda é o maior cancro de Portugal
E deve ser influente até num bordel!

Queres um emprego, ficas a saber
Não conheces o poderoso Cunha,
Fica ciente: pouco há a fazer!

Grandes competências, podes ter
Ou mesmo até boas qualificações,
Podes ter sem ele sorte a valer,
Mas com ele tens mais condições!

Ele ajuda aqui, ajuda ali
O amigo e o companheiro,
Ajuda todos, menos a ti
Sem conhecimentos e sem dinheiro!

Muitos ainda recorrem a ti ,
Ó Cunha, ainda és o rei de Portugal
Desde o mais simples ao mais pipi
Exerces um tráfico de ajudas sem igual!

Ó Cunha, por vezes. podes até acertar,
Mas onde fica o mérito e a competência
Para pôr este país a andar?!
Não seria algo de mais urgência?!






sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Enigmas Históricos do Lugar da Torre (1ª Reportagem Celebrativa dos "1500 Textos")


1. Existiu ou não uma Torre?

O Lugar da Torre é um dos espaços mais enigmáticos da Cidade de Esmoriz. Nas inquirições de D. Dinis, datadas para o ano de 1288, encontramos menção à "Quinta da Torre" que pertenceria ao cavaleiro Martim Rodrigues, nobre abastado que detinha várias propriedades nesta região e que viria a redigir o seu próprio testamento a 23 de Novembro de 1315, tendo legado diversos bens ao Mosteiro de Grijó, onde acabaria por ser sepultado.
A história é fascinante se tivermos em conta que o nome desta nobre quinta já indiciava a existência duma estrutura defensiva nos tempos precedentes ou até coevos ao século XIII. Por outras palavras, a ter existido uma torre defensiva ou uma atalaia de vigilância em Esmoriz, nunca poderá a sua existência remontar a um período posterior aos finais do século XIII (altura das inquirições régias de D. Dinis). Aliás, acreditamos que a quinta medieval da Torre se situaria algures dentro da delimitação geográfica que corresponde actualmente ao designado Lugar da Torre.
Por exclusão de partes, chegamos rapidamente à conclusão de que a torre (se efectivamente existiu!) poderá ter sido erguida na Idade Antiga Tardia (séculos III-V), Alta Idade Média (séculos V-X) ou Plena Idade Média (séculos XI-XIII).  No caso da história europeia, sabemos que o recurso à construção de torres tornou-se uma realidade muito frequente durante o Medievo, assumindo uma importância funcional e simbólica. Por um lado, esta estrutura garantia algumas condições de defesa e de segurança numa época bastante instável em que os conflitos, as escaramuças e as emboscadas abundavam, enquanto que, no âmbito simbólico, a torre representaria igualmente o poder do seu senhor ou proprietário. 
Dentro deste contexto, a eventual construção duma estrutura defensiva destinada a vigiar à distância o mar e a Barrinha de Esmoriz é uma hipótese que, à primeira vista, nos parece pertinente, visto que o nosso litoral (então vulnerável) poderia ser alvo de depredações por parte de vikings e piratas berberes que eram já sobejamente conhecidos por assolar as comunidades costeiras durante a referida Idade Média. Por outro lado, o longo e extenuante cenário belicista da Reconquista Cristã que se vislumbrou, com muitos avanços e recuos, na Península Ibérica poderia também ser outro factor determinante a ter em conta.
Logicamente, desconhecemos o nome do rei ou senhor que teria mandado erigir uma suposta torre ou atalaia em Esmoriz. No entanto, o perfil desafogado e influente de Martim Rodrigues é algo que nos chama rapidamente à atenção. As inquirições régias do rei "Lavrador" (1288-1290) constituem o primeiro documento conhecido com referência implícita à "Torre" em Esmoriz, embora para "baptizar" uma propriedade que era pertença desse mesmo cavaleiro. Neste ponto em particular, deixaremos três questões que consideramos tentadoras - Teria sido o cavaleiro Martim Rodrigues responsável pela construção duma torre na sua quinta nobre? Ou será que a torre, no caso de lhe ser anterior, ainda existia na propriedade durante o reinado de D. Dinis? Seria a torre do século XIII, ou afinal de tempos bem anteriores?
Reconhecemos seguramente que a inexistência de dados concretos, ora no plano documental ora na vertente arqueológica, não nos permitem extrair conclusões suficientes que possam confirmar todo este raciocínio especulativo. De qualquer modo, todos os cenários estão em aberto, e até nem sequer podemos descartar a eventualidade de nunca ter existido uma torre em Esmoriz, o que esvaziaria, de qualquer sentido, a designação toponímica que vigora naquele lugar. 
Em suma, confessamos que este é um dos principais mistérios da nossa cidade, pelo que deveria ser encorajada a realização de novas pesquisas de modo a que se obtenham mais informações que possam ser decisivas para a resolução deste dossier.





Imagem nº 1 - A torre medieval de Vrsac (Vojvodina, Sérvia) remonta ao século XV. Situava-se no topo duma colina.
Direitos da Foto - Uros Petrovic (www.flickr.com)
Imagem meramente exemplificativa




2. O Poço dos Mouros: Mito ou Realidade?


Directamente relacionada com a temática anterior, encontramos o apregoado Poço dos Mouros no mencionado Lugar da Torre. As narrações populares até então conhecidas divergem entre duas teorias. A primeira é a de que se trata dum poço que provavelmente teria sido erigido na época de domínio muçulmano na Península Ibérica, constituindo assim uma reserva de água para a comunidade. A segunda não corrobora a existência do poço, alegando que os vestígios estruturais encontrados (de dimensão rectangular) podem indicar antes uma saída de emergência de qualquer atalaia ou torre que terá existido nas imediações.
Evidentemente, este é mais um dos enigmas que não poderemos solucionar. Os testemunhos recolhidos são interessantes, mas não são, de modo algum, validados cientificamente. Todas as hipóteses estão, por isso, em cima da mesa, quer remetam para uma origem antiga ou apenas recente.
No nosso entender, a referida estrutura deve ser examinada por arqueólogos experimentados, de forma a decifrar as suas reais funcionalidades bem como estabelecer propostas cronológicas consistentes.
Não sabemos que segredos ou até tesouros a terra "sugou" em Esmoriz ao longo dos tempos, nesse votar do passado a um silêncio profundo, mas que pode ser, a qualquer momento, "ressuscitado" pelo trabalho dos arqueólogos, historiadores, jornalistas e cidadãos mais interessados nestas matérias.





Imagem nº 2 - O "Poço de Mouros" no Lugar da Torre. Estrutura antiga ou recente? Ruínas dum poço, duma atalaia/torre ou de outra construção?
Foto: Revista Esmoriz-Recordando o seu Passado





Nota-extra: No caso de se descobrir um documento mais antigo (anterior às inquirições de D. Dinis nos finais do século XIII) que se refira ao lugar ou à quinta da Torre em Esmoriz, então logicamente a existência da torre terá de preceder a data desse manuscrito, visto que a alegada existência desta estrutura deverá ter estado na raiz ou na origem desta designação "toponímica/nominal". Ou seja, o lugar ficou assim conhecido, porque antes teria lá existido uma torre ou atalaia.



Referências Consultadas:

  • AMORIM, Aires de - Esmoriz e a sua História. Esmoriz: Comissão de Melhoramentos de Esmoriz, 1986.
  • HENRIQUES, Pedro - Esmoriz - Desde a Idade Média até à Actualidade. Esmoriz, 2013. Estudo disponível em formato electrónico: http://pt.scribd.com/doc/149566930/Esmoriz-Desde-a-Idade-Media-ate-a-Actualidade.
  • SANTOS, Orlando - Histórias da nossa História - O Poço dos Mouros in Revista Esmoriz - Recordando o seu Passado. Ed. Danças e Cantares de Santa Maria de Esmoriz, 1993.
  • Inquirições de D. Dinis. Livro IV. Conservadas no Arquivo da Torre do Tombo. Poderão ser consultadas digitalmente em: http://digitarq.dgarq.gov.pt/details?id=4182562



Artigo Escrito no Âmbito da Meta Alcançada dos 1500 Textos Publicados no Blog



Esclarecimento-extra - Atingimos muito recentemente a marca dos 1500 textos. Como não tencionamos deixar passar ao lado esta estatística, publicaremos uma série de 5 reportagens de âmbito histórico ou lendário durante o mês de Outubro. Foi esta a forma que encontramos para assinalar com brio este novo feito.