terça-feira, 22 de julho de 2014

Correio dos Comunicados Políticos - PCP contra o encerramento da Escola Oliveira Lopes (Válega) e alerta para a questão das consultas médicas



    Comissão Concelhia de Ovar  

  

Nota de Imprensa: É possível impedir o encerramento da Escola Oliveira Lopes!

O PCP apresentará, na Assembleia Municipal de hoje, uma moção no sentido de exigir ao governo que anule a decisão de encerramento da Escola Oliveira Lopes, exortando, ao mesmo tempo, a Câmara a avançar com as necessárias obras de requalificação. A luta da população tem sido extremamente positiva, na opinião do PCP, para pressionar o poder político contra o encerramento administrativo de Escolas por todo o país sem auscultar populações e sem ter em conta as dinâmicas e necessidades específicas de cada caso. Deste processo de luta destaca-se o exemplo de Estarreja, em cuja Assembleia Municipal foi apresentada uma moção visando impedir o encerramento das suas escolas e cuja aprovação não foi alheia à pressão reivindicativa da população.

Neste quadro, o PCP tem apelado à população a estar presente quer na reunião da Assembleia Municipal de Ovar de dia 21, quer na reunião da Assembleia de Freguesia de Válega de dia 23, onde esta matéria será alvo de discussão.

O PCP apresentará ainda uma moção no sentido de posicionar o município contra a privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF), no dia em que a Câmara Municipal de Ovar se propõe a vender a totalidade do seu capital social na ERSUC.

Por fim, os comunistas apresentarão ainda uma moção no sentido de exortar o Governo a avançar com as obras de defesa da Marinha, há muito prometidas e cujo incumprimento tem permitido, ano após ano, a invasão das águas salgadas com avultados prejuízos para os agricultores.

Ovar, 21 de Julho de 2014
A Comissão Concelhia de Ovar do PCP

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Nota de Imprensa: Consulta Aberta sem funcionar em horário alargado na época balnear

Desde os anos 90 que a população de Ovar tem vindo a assistir à perda de valências do seu hospital, nomeadamente a Maternidade, o Serviço de Pediatria e o Serviço de Urgência Básico (SUB) - os dois últimos encerrados em 2007 e sob ampla contestação da população. Foi neste contexto que, nesse ano, foi assinado um protocolo entre a Câmara Municipal de Ovar e a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro que na prática aceitava estes encerramentos a troco de uma série de medidas compensatórias. Este protocolo, na avaliação do PCP, foi um retrocesso claro face àquilo que a população tinha em termos de cuidados de saúde e que reivindicava de forma justa, mas não deixou de ser um claro recuo da intenções governamentais de encerramento puro e simples destes dois serviços.

No que diz respeito ao atendimento de casos agudos, o protocolo garantia, no seu artigo 8º, o funcionamento de uma consulta não programada ("consulta aberta") das 8 às 24h. Garantia ainda, no seu artigo 9º, o funcionamento em horário alargado durante a noite (das 24h às 8h) em períodos de elevada afluência turística, nomeadamente durante o Carnaval e época balnear, com a redacção que se segue:

«Artigo 8º
O Hospital Dr. Francisco Zagalo, de Ovar, acomodará, nas suas actuais instalações da  urgência, uma consulta não-programada para casos agudos do foro ambulatório, sob a  responsabilidade do centro de saúde, em horário alargado, das 08h00 às 24h00, com  acesso directo aos MCDT do Hospital (...)

Artigo 9º
Em períodos de elevada afluência turística, como sejam grandes festividades ou movimentos sazonais, nomeadamente durante o período de Carnaval e na época 
balnear, e em face da avaliação do histórico da procura nestes períodos, será garantida pela ARS do Centro a extensão do horário de funcionamento da consulta referida no ponto 8º, mediante solicitação e em diálogo com o Município, das 24:00 às 8:00 horas. Além dos períodos referidos, a extensão do horário, será objecto de monitorização e consenso entre o Município de Ovar, a Comissão Concelhia de  Saúde e a ARS (Ministério da Saúde).»

O funcionamento da consulta aberta em horário alargado vem dar resposta ao grande aumento da afluência em época balnear, tendo em conta o aumento da população sazonal (nomeadamente turistas e emigrantes) que desta forma beneficiam de um atendimento célere para casos agudos que não careçam de cuidados hospitalares. Para além de essencial para a prestação atempada de cuidados de saúde, o seu bom funcionamento aumenta a atractividade do município.

Acontece que, pelo que o PCP pôde apurar, um mês após a abertura da época balnear, a 15 de Junho, a consulta aberta continua sem funcionar no horário alargado, isto é das 24h às 8h. Esta situação já motivou diversas denúncias por parte dos utentes que tentaram acorrer aos serviços, encontrando apenas a porta fechada sem qualquer explicação aos utentes.

Acresce a ausência de qualquer justificação ou esclarecimento público por parte do ACeS Baixo Vouga III, responsável pelo seu funcionamento.

No sentido de uma resolução rápida do problema, o eleito municipal do PCP Miguel Jeri, enviou já um requerimento à Câmara Municipal questionando-a sobre o cumprimento do protocolo e solicitando esclarecimentos adicionais sobre a ausência de consulta neste horário. É para o PCP inadmissível que se faça letra morta do protocolo, exigindo-se o imediato cumprimento das promessas feitas e atendendo às expectativas da população no que aos cuidados de saúde diz respeito.

Ovar, 17 de Junho de 2014
A Comissão Concelhia de Ovar do PCP


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