terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A "Praxe" da Praia do Meco

Como ponto prévio, é evidente que ainda não existem conclusões definitivas sobre o que realmente sucedeu naquela malograda madrugada de 15 de Dezembro de 2013 numa praia de Sesimbra que custou a vida a 6 estudantes da Universidade Lusófona.
Todavia, e dadas as recentes e esclarecedoras reportagens jornalísticas, creio que já poderemos tecer algumas considerações sobre o que presumivelmente terá acontecido.
Praticamente certa é a ocorrência dum ritual arriscado de "praxe" (coloco sempre entre aspas porque a definição deste fenómeno académico tem de ser esclarecida imediatamente, até para que se criem limites) que causou negligentemente o falecimento de 6 jovens na flor da idade. Se estes se sujeitaram ou não de livre vontade (eram membros da Comissão de Praxe!), não o sabemos, mas o que é certo é que deveria haver o discernimento ou o bom senso de se negarem a enveredar por um ritual que colocaria em causa o maior bem que detinham - a vida. Falta ainda conhecer os contornos precisos deste referido ritual que seria fatal.
Que me perdoem os familiares das vítimas (e aos quais deixo, desde já, as minhas condolências e que nunca deixem de lutar pela verdade), mas os seus entes queridos que partiram de forma inocente só podem queixar-se da falta de prudência, e não do azar propriamente dito. 
Azar é cair um meteorito em cima da nossa habitação e ceifar-nos a vida, imprudência é desafiar a morte, isto é, aproximar-mo-nos demais do precipício (neste caso, do mar revolto, e ainda por cima, sem qualquer visibilidade ou possibilidade de ajuda àquelas horas). E infelizmente, o caso relatado parece (repito parece!) ir de encontro a esta última hipótese. Estas vidas poderiam estar bem hoje, se recusassem aquele ritual absurdo e atentador da integridade física. Deveriam inclusive ameaçar o dux e os demais com queixas na Universidade ou até nas autoridades policiais ou judiciais. E talvez assim, essa gentalha recuasse e percebesse finalmente que a "praxe" não implica causar sofrimento, dor e humilhação nos outros, mas sim diversão (mesmo que algo infantilizada) e laços de verdadeira amizade entre todos que integram estas práticas. Praxar não é sinónimo de criminalizar.
Mais grave ainda (Ana Leal da TVI legou-nos uma reportagem magnífica) é o facto de todos estes jovens serem obrigados a assinar termos de auto-responsabilidade que incluíam o logotipo da Universidade Lusófona (será que esta tinha conhecimento destas práticas e as tolerava? ou estamos perante um caso de usurpação do bom nome da Faculdade para tentar legitimar fins deploráveis por parte destes responsáveis pela praxe? Muito grave...). Foi também notícia de que alguns alunos, que recusassem a praxe ou a abandonassem por motivos de esgotamento nervoso (ou outra razão qualquer), teriam o curso em risco. Mas o que é isto? Vivemos num país democrático ou não? A coacção é crime, meus caros! As pessoas estão nas Universidades para estudar e se cumprem as regras elementares, não podem ser tratadas desta forma.
De acordo com vários testemunhos, relatórios e sms's obtidos, era colocada sistematicamente em causa a lealdade das pastranas que viriam a falecer, mas nesta hora de tragédia, é que observamos a "lealdade" de quem deixou as vítimas para trás ou doutros que se calhar preferem o silêncio ou anonimato à verdade dos factos. Espero que o único sobrevivente, o senhor "doutor" e dux tenha, ao menos, a coragem, de falar a verdade e deixar de lado a sua amnésia selectiva. As famílias das vítimas merecem a verdade, é algo que não lhes pode ser negado.
Caso se comprove que João Gouveia foi, na íntegra ou parcialmente, responsável pela tragédia deve evidentemente ser condenado judicialmente. Talvez assim se modere a violência das praxes, e estas poderão continuar a honrar a tradição de alegria, bem-estar e diversão mútua entre os estudantes. Confesso que, nos meus tempos de Universidade, cheguei a ouvir histórias bonitas (o baptismo do caloiro, as serenatas, o desfile da queima das fitas, aqueles trajes apreciáveis) mas outras lamentáveis (como o caso que me contaram, uma vez, de uma aluna que teve de bater com o dedo em cima da mesa durante duas horas e que no fim, ficou com o dedo partido - história que não pude confirmar inteiramente, mas que não me admiraria que fosse verdade, contudo deixo em aberto o seu grau de veracidade/falsidade) que devem ser denunciadas e punidas, em caso de extrema gravidade (isto é, ameaça à integridade física e dignidade humana), com a expulsão da Universidade e a instauração dum processo judicial.
Por fim, resta-me enviar as condolências aos familiares das vítimas nesta hora certamente difícil. Perder um filho deve ser das coisas mais horríveis, e então quando este parte de uma forma inacreditável... 
Que, ao menos, esta tragédia sirva de exemplo para que se coloquem travões, e se salvem no futuro outras vidas inocentes de jovens que têm uma longa vida para desfrutar.



Há outro sobrevivente da tragédia no Meco

Imagem nº 1 - Os familiares despedem-se dos seus filhos que faleceram tragicamente.
Veja-se ainda a reportagem de Ana Leal (TVI) sobre as praxes académicas na Lusófona em: 

Boletim dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz (meses de Novembro e Dezembro de 2013)

O primeiro boletim a sair foi evidentemente o de Novembro de 2013 que contém os seguintes destaques:

  • Construção de Novo Parque de Estacionamento. O mesmo encontra-se a norte da Piscina e da Clínica. Assim, os utilizadores destes serviços escusam de deixar os seus veículos na via pública.
  • A Casa de Fogo, um projecto próximo da concretização. A estrutura servirá para simular operações de busca e resgate em ambientes bastante adversos.
  • Frio, o verdadeiro inimigo do momento. De acordo com alguns casos observados, o clima gélido terá gerado agravamento de estado de saúde das pessoas mais fragilizadas, nomeadamente idosos.
  • Apelo para que se ajude Gonçalo. Ao recolher e ceder as tampinhas de diversas embalagens está a ajudar esta criança que poderá assim aceder aos tratamentos de que necessita. Até então já se reuniram várias tampas o que tem favorecido a situação desta criança, mas é necessário que todos continuem a colaborar. Não custa nada, é o sorriso de uma criança inocente que está em causa.


No mês de Dezembro de 2013, tivemos acesso a uma nova edição que contempla a seguinte actualidade informativa:

  • Balanço Satisfatório em relação ao ano de 2013. No derradeiro boletim de 2013, Jacinto Oliveira, Presidente da Direcção, e Miguel Gomes, Comandante Operacional, realçaram os resultados positivos do ano que estava a findar.
  • Definição de Metas a atingir em 2014 - Casa do Fogo no Centro de Formação, Renovação de Viaturas e integração de 15 elementos na Nova Escola de Bombeiros.
  • Crianças e Adultos festejaram o Natal. No dia 14 de Dezembro, o Pai Natal esteve no Quartel para distribuir carinho e mimos. 
  • O frio não pára de atacar. As chuvas, o vento, a agitação marítima constituíram o prato do mês. O frio causou mesmo a morte de pessoas mais fragilizadas. 



Imagem nº 1 - O Gonçalo padece duma rara doença neurológica e necessita da sua colaboração para aceder aos tão desejados tratamentos. As comunidades não podem ficar indiferentes. Basta um pequeno gesto que decerto não lhe custará nada aos bolsos. Nós apoiamos esta causa! Vamos todos ajudar!
Foto BV Esmoriz


Referência Consultada: Boletim Informativo - Bombeiros em Missão. Meses de Novembro e Dezembro de 2013. Números 42 e 43. Ano 4. Propriedade: Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz e Gabinete de Comunicação e Imagem dos Bombeiros de Esmoriz.

Junta de Freguesia assegura limpeza do estaleiro

Acho que a limpeza da propriedade em questão, com a remoção de todo o entulho que aí se encontrava, era uma medida necessária. Felizmente, a Junta de Freguesia de Esmoriz finalmente acordou para esse problema e conferiu uma solução digna, e até pode reaproveitar algum do material até então abandonado.




Vídeo nº 1 - A Junta de Freguesia de Esmoriz, presidida por António Bebiano, decidiu colocar mãos à obra.
Vídeo retirado do Youtube (Ribeirinhas TV - reportagem de Carla Santos).

Correio dos Comunicados Políticos - PCP de Ovar acusa PSD e CDS de não travarem o processo de devolução dos hospitais às misericórdias

       

Comissão Concelhia de Ovar


Nota de Imprensa: PSD e CDS votam juntos contra a revogação do DL que prepara devolução de hospitais às misericórdias

O Decreto-Lei n.º 138/2013 de 9 de outubro, do governo PSD/CDS, «define as formas de articulação do Ministério da Saúde e os estabelecimentos e serviços do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com as instituições particulares de solidariedade social, bem como estabelece o regime de devolução às Misericórdias dos hospitais [...] atualmente geridos por estabelecimentos ou serviços do SNS». Trata-se portanto do Decreto-Lei que prepara a devolução de hospitais às Misericórdias.

Este documento, que chega a mencionar (no seu preâmbulo) o quadro legal em vigor antes do 25 de Abril como referente para a saúde, é mais um degrau na escalada destruidora do Governo no que ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) diz respeito.

Concretamente no caso da devolução dos hospitais às Misericórdias este Decreto-Lei diz que os «hospitais (…) [que] foram integrados no setor público e são atualmente geridos por estabelecimentos ou serviços do SNS, podem ser devolvidos às misericórdias mediante a celebração de acordos de cooperação», sendo que este processo de devolução constitui «a reversão da posse com cessão da exploração dos estabelecimentos». Isto é, os hospitais actualmente integrados e geridos pelo SNS passam a estar integrados e a serem geridos pelas Misericórdias.

É, ainda, mencionado que este processo seja precedido de um "estudo" que avalie «a economia, eficácia e eficiência do acordo, bem como a sua sustentabilidade financeira», ao que deve acrescer a diminuição dos «encargos [actuais] globais do SNS em, pelo menos, 25%». Redução que vai naturalmente ter implicações quer nos trabalhadores, quer na qualidade do serviço que será prestado às populações, como tem alertado repetidamente o PCP.

Estas razões e muitas outras motivaram um um pedido de apreciação parlamentar (apresentado em Outubro/2013), do PCP, em cuja exposição de motivos o PCP manifestava a sua preocupação com a estratégia privatizadora do governo. Na sequência deste processo, o PCP apresentou na última sexta-feira 17/Janeiro a Proposta de Resolução 909/XII/3ª, que defendia a revogação do famigerado Decreto-Lei do PSD/CDS.

Surpreendemente os deputados da maioria PSD/CDS fizeram o frete ao governo, votando contra esta iniciativa do PCP, incluindo deputados dos PSD que nas respectivas Assembleias Municipais votaram a favor moções contra a entrega dos hospitais às Misericóridas! 

Nesta situação não cabe ao PCP mais do que desmascarar, pela enésima vez, o discurso duplo destes partidos, que independentemente do discurso das suas estruturas locais, continuam e continuarão a votar na Assembleia da República contra os interesses das populações que afirmam representar.

Os comunistas continuarão a defender a saúde como um direito, nunca confundido direitos humanos e constitucionais com caridade. Um direito acessível a todos, independentemente das suas condições económicas, garantido por um Serviço Nacional de Saúde universal, geral e gratuito com gestão eficiente, participada e descentralizada.

Ovar, 22 de Janeiro de 2014
A Comissão Concelhia de Ovar do PCP


PSD e CDS votam juntos contra a revogação do DL que prepara devolução de hospitais às misericórdias

Texto enviado pelo PCP Ovar


domingo, 26 de janeiro de 2014

Conto - "No Reino da Imaginação nas Asas de um Dragão" da autoria de Ana Roxo


Image



ERA UMA VEZ…

Era uma vez uma menina, com olhos de encantar, cheios de lágrimas mas com vontade de sonhar. Tinha os cabelos que lembravam as ondas do mar, presos por fitas de cores de espantar.

Tinha os olhos e os cabelos negros como a noite a cair e uma boquinha vermelha sempre a sorrir.

Ela chorava porque achava que não podia voar, mas esquecia-se que para isso bastava imaginar.

Sentada debaixo da árvore onde costumava brincar, a menina invejava as aves que sabiam voar.

E lá bem longe na sua imaginação a menina sonhava ser mais do que um avião.

Sonhava ser ave alada, para voar pela noite, pelo dia e também pela madrugada.

A menina bonita de sorriso rasgado, um dia, debaixo do seu pinheiro encantado… Encontrou um dragão a dormir descansado.

E, quando ele acordou, disse:

-Boa noite, Senhor Dragão, como deve ser diferente o mundo lá em cima deste aqui no chão.

O Dragão chamado Julião, respondeu, à menina:

- Tens razão menina dos olhos de luz, mas podes voar nas minhas asas, que sou eu que te conduz…

E o Dragão Julião continuou:

- Menina dos olhos tristes, eu sei porque choras… Mas, anda, sobe para as minhas costas sem demoras.

- Sobe, menina, não precisas das tuas asas para sonhar, precisas é de quem as tenha e te possa nelas levar.

A menina, então retorquiu:

- Como se chama Senhor Dragão? E, por que não me mostra o mundo e depois me volta a por aqui no chão?

- Eu chamo-me Julião e o mundo é também lá em cima naquela imensidão. Não precisas de asas tuas, não precisas de avião. Basta voares comigo que eu sou a tua imaginação.

- Muito bem, Senhor Julião – leve-me a voar pela minha imaginação.

Lá foi a menina do sorriso rasgado conhecer a imaginação naquele ser alado.

E lá foram os dois à aventura pelos mundos sem fim…colorindo a vida em aromas de jasmim. Era o doce perfume da aventura e do sonhar, a ânsia por um mundo a explorar.

Viram mais dragões, aves, unicórnios e todos os animais imaginários viajando por diferentes mundos de seres lendários.

As viagens nem sempre correram bem, mas o que interessa é que imaginação se mantém.

Viram crianças – doces infantes, terras belas repletas de diamantes.

Conheceram culturas, terras diferentes e até animais sem dentes.

Para imaginar bastava sonhar e nem sempre era preciso dormir para de novo acordar.

Era um mundo bonito tão cheio de belezas, que até esqueciam as asperezas.

- Ah, que beleza – pensava a menina. Eu passava a vida a chorar, não percebendo que do bom da vida, também faz parte sonhar e imaginar. Que tola que fui, se tinha a beleza à minha frente e não me deixei logo levar pela corrente!

O Dragão Julião, que lia os pensamentos, só lhe disse que com a imaginação não passava tormentos. Mas também disse à menina:

- Anjo de luz, não sonhes só enquanto és criança, porque quando fores grande a imaginação também tem importância.

- Agora, menina, que tens as tuas asas da imaginação está na hora de te colocar no chão. Eu sou a tua imaginação, o teu sonhar. Quando quiseres chama-me para juntos podermos viajar.

Neste mundo difícil, que o é, pois então, nunca nos esqueçamos do poder da imaginação.

E, uma pergunta, certamente estão a fazer, como chama esta menina – heroína a valer?

Pois, caro leitor grande ou pequeno e já que falamos de imaginação, imagina o nome da menina que a imaginação é um dom!


Texto e imagem enviados por Ana Roxo

sábado, 25 de janeiro de 2014

Ponto de situação no sector desportivo

Nem sempre tivemos a oportunidade de actualizar a situação desportiva dos dois principais emblemas desportivos da cidade, mas hoje iremos efectuar o ponto da situação, quando nos aproximamos dos dias finais de Janeiro.
No voleibol, o Esmoriz Ginásio Clube recebeu a Académica de Espinho na 18ª jornada e somou mais um triunfo importante por 3-2 (parciais de 25-19, 20-25, 25-19, 24-26, 15-13) numa partida disputada intensamente até ao último suspiro. Com esta crucial vitória, a turma da Barrinha afasta-se ainda mais do cenário de despromoção. Soma agora 12 pontos e está na 10ª posição, enquanto o último classificado (o único lugar que dá direito a despromoção, embora ainda haja uma segunda fase) é o Marítimo que não tem qualquer ponto.


cabecalho

Imagem nº 1 - O último triunfo coloca mais tranquilidade na equipa, mais próxima de atingir o objectivo principal: a manutenção no escalão principal.


Em termos futebolísticos, o Sporting Clube de Esmoriz vem de uma vitória no terreno do Sanguedo por 3-2 para a terceira eliminatória da Taça de Distrital de Aveiro. Em termos de campeonato, a equipa sofreu uma derrota caseira diante do Fiães (0-2) na 16ª jornada. A equipa ocupa o 5º lugar com 31 pontos, mas está a 8 pontos do primeiro classificado - o AD Sanjoanense (recorde-se que esta é a única posição que dá lugar à promoção).



Imagem nº 2 - O sonho da promoção está mais longe, mas a campanha na Taça Distrital dá esperanças!

Obras para a habitação social já arrancaram...

Finalmente, já começaram as obras destinadas a construir a habitação social na Praia de Esmoriz. Segundo algumas fontes, é plausível que todo este processo esteja terminado em meados de 2015, permitindo o realojamento digno de várias famílias que têm sentido quase na pele a fúria do mar.
Recorde-se que a primeira pedra já havia sido lançada recentemente, mas agora parece que as intervenções já começaram a sério.



Imagem nº 1 - A obra parece ter começado finalmente, após vários anos de espera.
Foto retirada da Página da Comissão de Melhoramentos no Facebook

Correio do Leitor - "Salvem o Capitão Gancho" da autoria de Álvaro Abreu Faria



Salvem o «Capitão Gancho»!!!
Este pequeno paraíso, às portas da Barrinha, está rapidamente a ficar destruído... Haja alguém que o salve...Esmoriz está mais pobre...


Texto e Foto enviados por Álvaro Abreu Faria

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Apelo nas Redes Sociais

Está na GNR de Esmoriz um cão de porte grande, castanho com coleira mas sem possuir chip. Pois foi uma amiga que me divulgou, se soubesse de alguma queixa de parte de algum amigo/a sobre a perda do mesmo! Partilhem por favor esta mensagem de apelo! Pois o seu destino não será feliz se continuar nas instalações da GNR. Obrigada




Imagem nº 1 - O cão que procura os seus donos.
Foto e textos retirados do Facebook da Clínica Veterinária de Esmoriz

Nota: Esperemos que esta história tenha um desenlace feliz.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Esmorizenses brilham lá fora...

O Esmoriz Ginásio Clube para além de formar atletas vencedores no voleibol, também tem lançado para a ribalta treinadores que consagram os seus elevados conhecimentos noutros países.
André Sá e Carlos Jorge Ferreira, antigos treinadores naquela casa, são agora destaque pois venceram a Taça da Noruega ao serviço da equipa Stod Volley (vertente sénior feminina).
Estes filhos da nossa terra brilham nas terras nórdicas e os seus feitos seguramente gerariam inveja aos ancestrais vikings.
Um bem haja para eles!!! E muitos parabéns!!!




Imagem nº 1 - O momento da consagração em terras nórdicas, com sangue esmorizense.
Foto retirada da Página de Cajó Ferreira no Facebook


Para mais informações sobre esta equipa de voleibol consultem: http://fr.wikipedia.org/wiki/Stod_Volley

Correio dos Comunicados Políticos - CDU Ovar preocupada com o avanço do mar na costa do concelho e com potencial fuga na rede de saneamento em Esmoriz

              

Comissão Concelhia de Ovar



Nota de Imprensa: Sobre o avanço continuado do mar na costa do concelho de Ovar

Após o temporal e o forte avanço do mar sobre o litoral concelhio, uma delegação do PCP esteve este fim-de-semana nos locais mais afectados, particularmente as áreas urbanizadas do Furadouro, Cortegaça e Esmoriz.

Durante a visita, e com a valiosa ajuda dos contactos efectuados com a população, foi possível fazer uma avaliação dos danos causados pela força do mar, bem como do avanço crítico registado nalgumas zonas, particularmente na zona Sul do Furadouro e junto ao Parque de Campismo de Cortegaça. 

Sendo certamente imprevisível a enorme força do mar que assolou a costa Norte do País no início do ano, não deixa de ser verdade que a erosão costeira é uma problemática que há muito afecta o concelho e objecto de intenso debate. Com efeito, é o próprio Departamento de Ordenamento e Regulação do Domínio Hídrico na APA (Agência Portuguesa do Ambiente) que reconhece o Furadouro como o caso mais grave de erosão costeira na Europa, com um recuo de 100m os últimos 50 anos!

As soluções apresentadas têm sido claramente ineficazes, como confirma a dureza dos factos. É gritante a ausência de uma estratégia global, que para além das defesas necessárias tenha em conta as diferentes etiologias do problema, nomeadamente as que se prendem com a acção humana, como sejam a diminuição do fluxo de sedimentos no Rio Douro decorrente da construção de barragens, a destruição do sistema dunar e as inadequações do PDM (Plano Director Municipal) - cuja revisão tem sido adiada por sucessivos executivos municipais.

Para o PCP, as populações afectadas devem ter, naturalmente, todo o apoio do município, e o governo deve cumprir rapidamente as já anunciadas obras de defesa da costa. Da sua parte, o PCP continuará a defender uma solução que considere as causas e não se esgote na correcção do impacto da erosão costeira.

Ovar, 15 de Janeiro de 2014
A Comissão Concelhia de Ovar do PCP



Imagem nº 1 - A situação dramática no Furadouro.
Enviada pelo PCP Ovar

__________________________________________________________________"______________

Nota de Imprensa: Fuga na rede de saneamento conforma perigo ambiental e de saúde pública em Esmoriz

Depois de ter alertado para problemas nas obras da AdRA em Gondezende, o saneamento volta a ser motivo de queixa em Esmoriz. Desta vez o problema coloca-se num propriedade particular localizada na Rua da Turquia, onde uma caixa de saneamento está a transbordar desde o dia 26 de Dezembro, inundando o terreno de dejectos e água contanimada. Para além da infiltração da água no terreno e subsolo, afectando a propriedade e as casas circundantes, acresce que esta acaba por drenar também para a Barrinha de Esmoriz, com impacto ambiental evidente.

No entanto o problema não é de hoje. Há já largos anos que em todos os Invernos esta situação se repete, tendo sido alertadas as autoridades competentes na devida tempa altura. Este ano foram efectuados vários contactos com a AdRA – Águas da Região de Aveiro, S.A., e mesmo após a visita de um piquete desta empresa, a situação manteve-se sem solução definitiva.

Acresce que também na própria Rua da Turquia se tem verificado a saída de águas contaminadas através das caixas de saneamento, após períodos de maior pluviosidade.

Seja uma infiltração das águas pluviais devido às chuvas no Inverno, seja uma possível ligação clandestina nalgum ponto da rede de sanemanto, o certo é que estamos na presença de um perigo não só ambiental como de saúde pública. Visto ser um problema recorrente que ao longo dos anos nunca teve solução definitiva, apesar dos múltiplos alertas, o PCP questionará o executivo municipal sobre a situação.

Seguem-se fotos e teor do requerimento.
Vídeos documentando a situação aqui (31/Dezembro), aqui (3/Janeiro) e aqui.

Ovar, 15 de Janeiro de 2014
A Comissão Concelhia de Ovar do PCP   


REQUERIMENTO

Exmo. Senhor Presidente

Fomos recentemente alertados por moradores para um problema relacionado com o saneamento na freguesia de Esmoriz. O caso localiza-se numa propriedade particular na Rua da Turquia (junto à Barrinha), onde uma caixa de saneamento está a transbordar desde o dia 26 de Dezembro, inundando o terreno de dejectos e água contaminada. Para além da infiltração da água contaminada no terreno e subsolo, afectando a propriedade e as casas circundantes, acresce que esta acaba por drenar também para a Barrinha de Esmoriz, com impacto ambiental evidente.

Este problema não é de hoje. Há já vários anos que em todos os Invernos esta situação se repete, tendo sido alertadas as autoridades competentes em devido tempo. Este ano foram efectuados vários contactos com a AdRA – Águas da Região de Aveiro, S.A., e após a visita de um piquete desta empresa, a situação manteve-se sem solução definitiva.

Visto ser um problema recorrente que ao longo dos anos nunca teve solução definitiva, apesar dos múltiplos alertas, o PCP vem por este meio solicitar ao executivo municipal alguns esclarecimentos:

- Há quanto tempo tem a Câmara conhecimento desta situação?
- Que medidas foram tomadas no passado para evitar a recorrência?
- Como pensa a Câmara actuar pela solução definitiva de um problema que é também ambiental e de saúde pública?

Sem mais de momento, e esperando que o problema seja rápida e definitivamente resolvido, despeço-me apresentando os melhores cumprimentos.

Miguel Jeri
Deputado Municipal do PCP



Imagem nº 2 - A CDU denuncia fuga na rede de saneamento em Esmoriz.
Foto enviada pelo PCP Ovar


Para esta questão veja-se o seguinte vídeo no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=xXH-BkfrUNk&feature=youtube_gdata, (autoria de Tiago Seabra).

Correio dos Comunicados Políticos - Conferência "Novo Olhar sobre a Acção Social" de Pedro Coelho e Ana Cunha (PSD Ovar)

Decorreu, no dia 09 de Janeiro, a conferência “Novo Olhar sobre a Acção Social” organizada no âmbito da candidatura “Consolidar o Presente, Vencer o Futuro”, encabeçada por Pedro Coelho às próximas eleições internas do PSD Ovar marcadas para 25 de Janeiro.

O auditório do PSD Ovar revelou-se pequeno para as dezenas de militantes e simpatizantes do PSD Ovar e de anónimos munícipes de Ovar que, dado a pertinência e atualidade do tema, se juntaram à tertúlia.

Para Pedro Coelho “esta foi uma verdadeira conversa, um diálogo ou debate que decorreu durante quase 3 horas, onde houve uma troca de experiências, olhares, factos e, com para muito meu agrado, propostas concretas.”. Referiu ainda o candidato que “É isto que se pretende de uma secção do PSD. Devolver a palavra aos nossos militantes e simpatizantes para que nós, em reflexão e debate participado, possamos apresentar propostas concretas aos nossos autarcas e dentro do nosso partido, não só a nível de secção, mas também ao nível distrital e nacional”.

Para o sucesso desta iniciativa contou a apresentação da Vereadora do Pelouro da Acção Social e Saúde Ana Cunha que, com curriculum nesta área em virtude da sua formação académica e profissional, revelou qual o “novo olhar” da Câmara Municipal de Ovar nesta matéria.

Assim, destacou, desde logo o atendimento ao público - uma novidade deste executivo que recebe todos os que precisam de ajuda, orientação, no seu gabinete – a articulação com os outros pelouros - exemplo disso é o programa Ovar em Movimento Sénior (prática de desporto aos seniores com equipas do centro de saúde que fazem rastreios ao nível da tensão arterial e da diabetes) a articulação com as IPSS do Município – com as valência de Centro de Dia.

O seu trabalho não fica só por aqui pois, e tendo sido questionada no espaço reservado ao público, por Salviano Soares, Joaquim Barbosa, José Pinto, Rui Catalão, António Costa, e pelos presidentes de junta de freguesia de Cortegaça Sérgio Prata Vicente e de Esmoriz António Bebiano, entre outros, revelou que já estão a decorrer os preparativos para a criação do Banco de Voluntariado, para a candidatura ao programa da Unicef “Cidade Amiga das Crianças” e que serão anunciadas, em breve, os resultados da análise efetuada as escolas sobre a alçada da Câmara Municipal de Ovar.

Coube ao atual Vice – Presidente da Câmara Municipal de Ovar e, nosso companheiro, Domingos Silva, terminar o período destinado a intervenção do público, tendo referido que esta foi uma excelente iniciativa que realça a vitalidade da estrutura e vai de encontro a uma das principais preocupações do atual executivo. Acrescentou ainda que o plano de ação gizado para o período 2013-2017 tem uma forte aposta na intervenção social e, dentro daquelas que são as competências da câmara municipal de ovar, o nosso executivo, liderado por Salvador Malheiro, irá tudo fazer para conseguir obter os melhores resultados nesta área. Terminou a sua intervenção referindo que o atual executivo estará disponível para, dentro do esquema de conferências, tertúlias ou debates, se manter perto dos militantes e simpatizantes do PSD mas, sobretudo, junto das populações de Ovar.



Imagem nº 1 - Pedro Coelho e Ana Cunha encabeçaram a conferência.
Foto enviada pelo PSD Ovar

domingo, 19 de janeiro de 2014

A Simbologia da Escola da Relva




Imagem nº 1 - A Escola da Relva em Esmoriz
Foto da autoria de Henrique Araújo


Desta pequena escola primária, saíram mais tarde muitos eruditos que hoje se destacam, com evidente qualidade, nos mais diversos sectores. Este humilde estabelecimento foi de facto berço de muita gente bem formada a nível pessoal e/ou académico.
A sua tradição nesta localidade não pode ser menosprezada, e daí a redacção deste nosso artigo.
Muitos ex-alunos, hoje adultos que brilham no mercado laboral, queixam-se das reguadas dadas noutros tempos pelas suas antigas professoras, de forma a aprender a tabuada e o alfabeto, mas todos eles reconhecem a qualidade de ensino da Escola da Relva, onde deram os seus primeiros passos rumo a uma carreira que se pretendia estável.
Esperemos que as autoridades competentes zelem pela devida preservação deste espaço simbólico da localidade que, em muito, ajudou os esmorizenses a acederem à cultura, de forma a que estivessem melhor preparados para as adversidades da vida.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Correio do Leitor - "O Mar anda a avisar" (Florindo Pinto)



Não é de agora que o mar, em tempo que é tempo para mais longe se espraiar, vai fazendo visitas aos seus vizinhos, a pessoas que, para melhor disfrutar daquela companhia, se instalaram na sua zona de intervenção.

Uns, foram construindo, usando materiais de qualidade duvidosa, e foram ocupando espaço que é público. Terão arriscado o pouco que é o “seu” para melhor se instalarem e agora, esquecidos dos riscos que eram por demais evidentes, vêm reclamar obras de protecção.

Outros, usaram a legalidade, pagaram as taxas devidas e que lhes eram impostas. Bem intencionados, mas muito mal informados, surgiram os compradores. Investiram, adquiriram aquilo que devia ter garantias de segurança e de estabilidade. 

Mas, todos os anos, a cena repete-se, o mar avança e os lamentos acontecem. 
As televisões recolhem imagens, os jornais noticiam, e os prejuízos, avultados, ou não, surgem para que alguém os venha a suportar.

Os autarcas da “praça”, alguns deles responsáveis pela implantação das casas, visitam os locais afectados e por que são conhecidos na zona, prometem, e são intervenientes em situações de muito alertar as entidades oficiais e de muito mais pedir. Não dizem que foram, e são, as suas autarquias as beneficiadas com os impostos dali provenientes.

De Lisboa chegam os governantes. Olham o mar e, por certo, percebem tanto “daquilo” como do alfabeto chinês. Mas, “atiram” umas frases lindas, prometem “mandar” dinheiro para que mais pedras sejam colocadas no areal e a protecção se faça.

Não percebem, nem entendem, que o problema não tem solução fácil e à vista. O mar não se contraria. A sua força não se compadece com a obstrução do seu caminho natural. E, por que assim é, já ouvimos técnicos defender a retirada dos obstáculos e deixar o mar em total e perfeita liberdade. Em Cortegaça, já temos habitações que se encontram abaixo do nível das águas.

E, agora, surgem as dúvidas. Que fazer? Claro que as decisões cabem a quem cabe decidir.
Uns, os tais, que ocuparam espaço, que é de todos nós, que podem pedir? Mas exigem Os outros, os que respeitaram as regras impostas e pagaram à Câmara as taxas e demais impostos que lhes foram imputados, têm o direito de ser ressarcidos daquilo que se “sabia” poder ser “destruído” e, então, já a correr os riscos que agora tomaram forma de calamidade? Que culpa tem o cidadão, que não reside junto à orla marítima e que pode vir a ser chamado para suportar custos, que só a quem licenciou e cobrou são devidos?

As perguntas que se justificam fazer, são mais que muitas. As respostas, que as dê quem se sinta habilitado para as dar.
E, mais uma pergunta: perante esta realidade, a Câmara vai mesmo construir as casas projectadas, naquele local? Retira moradores de “cima do mar” para os voltar a colocar, depois de milhões gastar, em “cima do mar”?

Infelizmente, uma noite pode chegar e fazer-se sentir a “acção” das águas do mar, e a tristeza por ali se instalar.  

Florindo Pinto


Texto publicado no OvarNews

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Salvador Malheiro investe mais de 370 mil euros para melhorar as acessibilidades de Esmoriz e Cortegaça

O presidente da Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro, procedeu esta semana à consignação de quatro empreitadas, que representam um investimento superior a 370 mil euros nas acessibilidades no norte do concelho, designadamente nas freguesias de Esmoriz e Cortegaça.

As empreitadas consignadas são a Pavimentação da Rua da Ilha em Esmoriz, a Beneficiação dos Passeios da praia de Cortegaça, a Repavimentação da Travessa, Rua da Carreira Alta e envolventes, e a Beneficiação da Rua do Mourão, em Cortegaça.

O acto público de consignação das empreitadas contou com a presença dos presidentes das juntas de freguesia de Esmoriz, António Bebiano, e de Cortegaça, Sérgio Vicente Prata, e contemplou uma breve explicação de cada empreitada pelos técnicos municipais.

O presidente da autarquia, Salvador Malheiro, considera que estas são “obras fundamentais para as freguesias de Esmoriz e Cortegaça que visam melhorar as condições de mobilidade, circulação e segurança dos arruamentos”. 
O edil adiantou ainda que “alguns dos arruamentos encontram-se degradados há bastante tempo”. 

“Estas eram obras prometidas e que vamos agora concretizar conforme previsto no nosso Plano de Acção”, concluiu.





Considero uma acção ainda tímida, pois existem tantas ruas para serem repavimentadas em Esmoriz que até perco a conta... 
Espero que, nesse capítulo, Salvador Malheiro siga as pisadas de Manuel de Oliveira e consiga reabilitar um considerável número de vias da nossa cidade.



Imagem nº 1 - Esmoriz necessita duma intervenção de fundo no plano urbanístico.

O avanço marítimo, um problema também político

Dir-me-ão que o avanço do mar é impiedoso e inevitável, não posso discordar, tendo em conta a realidade científica do mundo global. Todavia, creio que pouco ou nada se tem feito para atenuar as consequências, procurando assim adiar as conquistas marítimas que se multiplicam nos últimos anos.
No cenário político, as caminhadas pelas zonas afectadas e as infinitas promessas dos sucessivos governos não se traduzem em significativas mudanças. Fica sempre tudo na mesma.
Chega o Verão, logo se esquecem os problemas do Inverno. E aí o Governo e os portugueses preocupam-se com os fogos (maioritariamente postos criminosamente) nas nossas florestas. É uma realidade triste, e que merecia maior actuação por parte dos agentes políticos.
A costa em Esmoriz necessita de ser reforçada defensivamente. 
É mais do que altura do Estado Português colocar mãos à obra e defender o seu território, senão qualquer dia acontece mesmo uma tragédia. Decerto que ninguém quer chegar a esse ponto.




Imagem nº 1 - O mar, cada vez mais cruel, está a vencer esta batalha, perante a letargia dos homens.
Nesta foto, reparamos que o mar recuou, pois após a tempestade vem a bonança. (Foto de 6 de Janeiro)
Foto da autoria de Magda Moreira



Imagem nº 2 - Os bombeiros, sempre incansáveis, controlando as operações no momento da tempestade (4 de Janeiro)
Foto da autoria de Magda Moreira

Movimento pela Reabilitação da Casa da Florbela Espanca

O grupo foi criado no dia 31 de Dezembro de 2013, e visa reabilitar a casa, no lugar da Casela (Esmoriz), onde viveu a célebre poetisa portuguesa, natural de Vila Viçosa, por volta dos anos de 1925. Poderia inclusive erguer-se um pequeno núcleo museológico em sua memória.
Discute-se ainda a possibilidade de se erguer, no futuro, uma pequena estátua em sua homenagem.
Efectivamente, Esmoriz tem de olhar mais pelo seu património cultural, pois é isso que nos identifica no exterior.



Imagem nº 1 - Florbela Espanca merece ser valorizada pela Cidade de Esmoriz.
Retirada de: https://www.facebook.com/groups/florbelaespancamuseu/?fref=ts, (página do grupo no Facebook que luta por tais objectivos).

Conto da autoria da esmorizense Ana Roxo

Lorelei e as suas desejadas flores

Era uma vez, a bonita Lorelei, que beijava o Reno.


Image



Lorelei era um vale enorme, uma ninfa cuja beleza encantava todos.
Situada a 120 m acima do nível do mar, Lorelei possuía uma beleza de encantar!
Todos se apaixonavam por esta musa alemã, que se estendia pela montanha fora, exalando beleza, perfume e magia.
Lorelei, tinha um sonho,que era um dia, um amado lhe conseguir oferecer a impossível flor azul. 
Essa era a flor do sonho, do mistério, do infinito, da utopia e fazia sonhar Lorelei e sentir a sua magia.


Image


Já o jovem poeta medieval Heinrich von Ofterdingen, procurava por esta maravilhosa e misteriosa flor, também símbolo do amor.
A flor azul, era sinónimo de nostalgia, era considerada impossível de alcançar, era logo do domínio do irreal, do impossível, da ficção…
Mas à nossa linda musa, essa flor mistério, tocava-lhe no coração.
Era a flor do romantismo, foi-lhe dada a conhecer pelo seu amigo Novalis, criador de Heinrich von Ofterdingen e um poeta alemão que ela amava de coração.
Queria que ele lhe trouxesse a flor azul, como prova do seu amor. 
Novalis, também amava Lorelei, ficava encantado com a sua beleza que abraçava o Reno. Era a sua musa, que o inspirava.
Mas Lorelei era apenas um monte, mas na imaginação deles, ela tornava-se uma bela mulher todas as noites de Lua cheia.

Image


Nessa noites, ela visitava Novalis, mas ele ainda não tinha trazido consigo a mágica e impossível flor azul.

Image

Na natureza, era difícil encontrar uma flor com esta cor. Normalmente, a cor azul se misturava com a roxa, todavia, Lorelei, não perdia a esperança.
Ele, consegui levar-lhe uma outra flor que ela desejava, que não era azul, era de um branco nobre, profundo, flor da família do dente-de-leão, que também lhe tinha prendido o coração.
Essa flor bela, inatingível, lendária, era a famosa Edelveis, que se podia encontrar nos Alpes: região da França, Itália, Suíça, Jugoslávia e Áustria. Diz a lenda que é uma flor nascida das lágrimas de uma virgem que chorou por amor.
Rezam as lendas da Áustria um Edelveis, representa uma prova de amor. O amante, teria de buscar a linda flor para sua amada, mas arriscando um percurso íngreme e só amando muito, se podia arriscar dessa maneira.
Edelveis era a flor sublime do mais divino amor, a flor talismã do amor supremo.
Mas a mãe de todas as lendas é esta e reza assim:

Image

Há milhares e milhares de anos, nasceu uma montanha num planalto coberto de neve. Era uma montanha perigosa, escarpada, difícil de escalar e escorregadia, porque estava coberta de gelo e de neve. Mesmo lá no topo encontrava-se a Dama Branca» que habitava entre o gelo. Por causa de um feitiço, estava presa naquelas inacessíveis montanhas cobertas de neve
eterna. O feitiço só seria quebrado se alguém o chegasse até ela e lhe beijasse a mão.
Era impossível lá chegar, mesmo o mais destemido aventureiro, pois, as montanhas eram guardadas por pequenos duendes armados de flechas prontas a trespassar qualquer incauto aventureiro.
Mas, um dia, um belo e jovem príncipe quis tentar a sua sorte. O nome dele era Dourado. Insensível às súplicas e lágrimas do seu povo, partiu.
Quando estava prestes a atingir o pico onde se encontrava o Edelveis, parte dos rochedos da montanha caíram, precipitando-o no abismo. A linda Dama Branca , desatou a chorar quando viu o seu príncipe precipitar-se no abismo.
As lágrimas, em contacto com a gélida neve, transformavam-se numa flor. Eram flores de um branco imaculado que lembravam estrelas brancas, cujas pétalas as protegiam do frio.
As pétalas pareciam uma pintura pintada numa tela duma beleza profunda. As pétalas nasceram da fusão da dor e dos rochedos que se precipitaram montanha abaixo com o príncipe. O vento, acariciando estas flores, levou para longe sementes que foram cair sobre montanhas vizinhas e dessas, passaram depois de novas flores, para outras montanhas… até que chegou aos Alpes, embora a sua origem seja a Ásia Central..
Lorelei, sonhava com estas duas flores, não havia entendido que Novalis, não precisava de provas de amor como essas, para lhe provar o seu amor.
Mas, ele, nem se importava: Lorelei, era toda a sua vida, todo o seu coração, todo o seu amor – era a sua musa que o inspirava e, a quem ele muito amava.
Era um amor puro e inocente. Só à luz da lua cheia se podiam beijar e lançar à terra todas as promessas de amor, como sementes que se lançam para fazer nascer uma bela flor!
Nessas noites, Lorelei, que era uma montanha linda, transformava-se numa bela mulher de longos cabelos castanhos que se estendiam pelas águas do Reno. Os seus olhos verdes azulados eram a simbiose perfeita entre o verde das montanhas e o azul do Reno. O seus olhos lembravam também um espelho de lágrimas mas onde de refletia o amor. Lorelei, sofria, porque vivia um amor quase impossível – estava condenada a ser uma bela montanha,para toda a eternidade.
O que Novalis, desconhecia é que eram estas duas flores que a fariam libertar do sortilégio. Não era só por amor e nem era por capricho que ela queria as flores. Era para se libertar daquela profunda prisão de dor.
O azul celeste, o imaculado branco dessas flores inatingíveis..Seria Novalis, capaz de vencer os obstáculos e sair vitorioso? Não sucumbiria como o príncipe Dourado e ali acabaria o seu triste fado?
Não, certamente eu e o caro leitor, não queremos esse triste fim. Queremos um final feliz, onde vença o amor em detrimento da dor.
Um amor tão forte como este, jamais poderia sucumbir à derrota.
E, lá continuavam os dois amantes a se amar nas noites em que a luz daquela lua redonda e luminosa os vinha beijar.
A lua era sinónimo de sonhos, de amor, de esperança…Além disso, todos oa meses, esperavam, ansiosamente as noites de lua cheia, como duas crianças esperam ansiosamente um brinquedo que tanto queriam.
E, também como duas crianças de mãos dadas, se amavam. Contudo, andavam de braço dado com a dor e o amor. 
Amor e dor – sentimentos inseparáveis: um, complemento do outro, tais como as cores complementam a beleza de uma bela pintada à mão, com as tintas coloridas do coração.
Ai, amor tão profundo e ao mesmo tempo tão sofrido… Esperando que um tenebroso feitiço seja rompido…
Então, um dia, Novalis, enchendo-se de mais coragem, partiu à aventura: o Elmo era o coração, a armadura o amor e a espada a dor.
E, lá subiu ele para aquelas gélidas e perigosas montanhas. Havia bruxas disfarçadas, que tentavam com que Novalis não fosse bem sucedido nos seus intentos. E aqueles dias eram sofrimentos, sofrimentos…
Já muito combalido, Novalis, só obteve sucesso numa das gélidas montanhas.
Conseguiu vencer os gnomos que guardavam a agora flor branca, mas a montanha onde estava a flor azul, ele não conseguiu transpor, não conseguindo ir além da dor!
Mas será que perdeu mesmo esta batalha?
Será que sim, caro leitor?
Pois, eu digo que não, porque a fé, a esperança e a determinação, são fatores muito importantes e, como que por magia e nesse dia, ao lado da bela flor branca imaculado, crescia uma linda flor azul nascida na madrugada.
Então, ele, soltou um sorriso maior do que o mundo e o seu coração parecia que ia saltar para fora de tanta felicidade que tinha.
Pegou nas flores e segui rumo ao Reno, onde Lorelei o esperava ansiosa.
Como era noite de Lua cheia, ela correu para os seus braços e ao receber as flores, quando acordou no outro dia, já não era um monte: era uma bela mulher e seria uma mulher até ao fim dos seus dias.
No lugar onde ela habitava e onde ela tinha sido um monte, ergueu-se como que por magia um monte igual: belo e que abraçava e beijava o Reno.
Novalis e Lorelei, lançaram as mãos então para o alto e agradeceram.

O elmo e a armadura brilhavam com uma luz eterna, mas a espada partiu-se. E com ela partiu a dor, ficando o amor!



Conto da autoria de Ana Roxo

Correio do Leitor - Museu da Tanoaria (Florindo Pinto)




Em boa hora, um jovem, um alguém que poucos sabem quem é, se lembrou de acicatar a vontade de muitos outros, menos jovens, mas respeitadores da memória dos “seus” tanoeiros, e, servindo-se das novas tecnologias, lançou para o “mundo”, a ideia da necessidade de ser criado, em Esmoriz, o museu alusivo à Tanoaria.

O espólio, que existe, mas que está disperso, deve ser guardado pelos seus donos, bem tratado, para mais tarde, na ocasião oportuna, ser “levado” para o local certo. Quem o vier a disponibilizar, e a oferecer, estará a respeitar os seus antepassados.

Mas não é só necessário que tenhamos as peças de ferramenta, uma ou outra máquina, uma narrativa da história, um ou outro valioso testemunho de vivência, e tantas e tantas outras coisas que são o “passado”, preciso é, também, encontrar, por que existiu, este ou aquele pequeno utensílio; o selo branco do Sindicato, o carimbo que a Comissão de angariação de fundos para a criação da estátua do tanoeiro mandou fazer para usar e certificar a oferta, o mastro que suportava o estandarte, ou as bandeiras, um sem número de pequenas coisas que foram usadas na Colónia de Férias e… que mais?

Bem, que mais, tudo aquilo que em sua casa tem e que possa vir a ser uma “presença” viva daquele que a si está “ligado”, e de quem se lembra, e lá, no sítio certo, no museu, para sempre, ficará lembrado.

E porque o Museu será de todos, a todos se pede, se recomenda, não desperdice esse espólio. Guarde-o “religiosamente”, para o vir a colocar no sítio “sagrado”, no respeito por quem tanto sofreu e tantas amarguras passou para Esmoriz ser o que é e as suas gentes ser o que são.

Florindo Pinto

Foto: José Fangueiro

Texto também publicado no Site do OvarNews.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Três imagens marcantes de Esmoriz

Nesta última semana, três fotografias correram nas redes sociais, sendo que as mesmas ilustram a realidade esmorizense e, por isso, partilho as mesmas diante de todos vós:




Imagem nº 1 - A Arte da Tanoaria.
Foto da autoria de José Fangueiro, retirado da Página - Museu da Tanoaria de Esmoriz



Imagem nº 2 - O avanço do mar em Esmoriz.
Foto da autoria de Daniel Castro



Imagem nº 3 - O Parque Ambiental do Buçaquinho à noite.
Foto da autoria de Daniel Castro

sábado, 11 de janeiro de 2014

Director concelhio da candidatura de Pedro Passos Coelho é esmorizense

Depois de ter sido Diretor de campanha intitulada Nova Energia que culminou com a vitória do PSD na Câmara Municipal de Ovar (o que não acontecia há mais de 20 anos!) e com a consequente eleição do eng. Salvador Malheiro como Presidente da autarquia, Henrique Araújo é agora director concelhio de campanha de Pedro Passos Coelho para as eleições directas que determinarão o Presidente da Comissão Política Nacional do PSD. A informação foi recolhida na página oficial do PSD Ovar que apresenta ainda a agenda para os próximos dias.




Imagem nº 1 - Henrique Araújo avança agora para novo desafio, prestando apoio a Pedro Passos Coelho nas próximas eleições do partido.
Foto retirada do Facebook

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Ministro do Ambiente visitou as praias de Ovar afectadas pela intempérie


Imagem nº 1 - Salvador Malheiro, Presidente da CM de Ovar, e Jorge Moreira da Silva, Ministro do Ambiente.
Fotos Direitos - Câmara Municipal de Ovar


Nesta semana, foi ainda notícia a passagem do Ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, pelas zonas mais afectadas do Concelho de Ovar que sentem na pele o problema do avanço do mar. Dentro deste contexto, visitou as praias de Esmoriz, Cortegaça, Furadouro, Barra e Tamargueira.
O referido membro do governo prometeu obras nesta zona que rondarão os 3 milhões de euros, e que deverão avançar já nas próximas semanas, sendo concluídas até ao próximo Verão (excepto Cortegaça que poderá conhecer uma finalização um pouco mais tardia). Mencionou ainda que o "Governo está a lançar várias obras de contingência, ao longo da costa portuguesa" e que a "grande prioridade é a proteção de pessoas e bens no litoral".
Recorde-se que as intervenções previstas para Ovar consistirão na construção e substituição das barreiras aderentes, bem como no reforço da protecção de dunas e arribas.