sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Obrigado Nélson!

Nascido em 1918, Nélson Mandela estava destinado a uma carreira ímpar na História Universal. A sua conduta exemplar, a forma como lutou pelos seus ideais de liberdade e igualdade, e acima de tudo, pela vitória da harmonia e do amor!
Nascido numa África Sul onde acabaria por vigorar o trágico sistema do Apartheid (onde havia discriminação racial entre brancos e negros, estes últimos seriam as principais vítimas com um tratamento inferior), Nélson lutaria, com coragem, pelo fim destas injustiças.
Como foi bem sucedido nos estudos, entra na Universidade de Fort Hare, o primeiro instituto superior a ser criado naquele país que se destinava apenas aos negros. Estudou inglês, antropologia, política, administração nativa, direito romano, e praticou desportos como corrida e boxe. Prosseguiria os seus estudos também nas Universidades da África do Sul  e Universidade de Witwatersrand. É no campo jurídico que Mandela conseguirá a sua formação, conhecendo assim de perto a legislação que favorecia os brancos e prejudicava os negros. Assim, começaria o seu combate ao racismo!
Evidentemente enfrentaria o regime de extrema direita, dominado por uma minoria branca, o que lhe haveria de valer a prisão por inúmeras situações. O Julgamento de Rivonia (1963-1964) seria o pior deles todos, com Mandela a apanhar prisão perpétua sendo acusado de incitação à violência e de ter saído do país sem passaporte/autorização. Todo este processo desencadeou-se a partir duma entrevista que tinha concedido em 1962:


"Nos outros países africanos, vi brancos e negros se misturando de forma pacífica e alegre em hotéis e cinemas, usando o mesmo transporte público e morando nos mesmos bairros. Voltei para casa para relatar essas experiências aos meus colegas. Cumpri meu dever com o povo e com a África do Sul. Tenho certeza que o futuro mostrará que sou inocente e que os criminosos que deveriam estar neste tribunal são os homens do governo."



Apenas em 1990, é solto, após várias negociações que deixaram para trás quase três décadas de privação da liberdade (foi durante esses anos exposto a trabalhos duros). De novo, lança discursos conciliadores perante o seu povo que visavam o fim da discriminação. Recebe, nestes anos, inúmeras distinções - por exemplo, em 1991, recebeu a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. Mas a maior delas aconteceria em 1993, data em que recebe o Prémio Nobel da Paz juntamente com de Klerk, até então último Presidente branco da África do Sul (entre 1989-1994; foi um dos responsáveis pela libertação de Mandela). 
Em 1994, Mandela candidata-se à Presidência do seu País, e vence as eleições com 62 % dos votos. A partir de agora era irreversível a criação duma Democracia Multirracial, não só lutando pelos direitos dos negros, mas respeitando igualmente o papel e o futuro da minoria branca no país. Lançou uma bandeira e um hino novos que respeitariam as tradições de todas as etnias nacionais. Em 1999 termina o seu mandato e decide não recandidatar-se.
Nos últimos 13 anos de vida, Mandela é um homem que sofre com as doenças crónicas. Em 2001, é-lhe detectado cancro na próstata. 
Em 2011, uma infecção respiratória aguda volta a colocar em causa o seu estado de saúde. As debilidades aumentavam, e a sua idade já era avançada. 
No dia 5 de Dezembro de 2013, o presidente sul-africano Jacob Zuma anunciaria o que muitos já anteviam - a morte de Mandela, talvez na sequência duma infecção pulmonar.
Nélson Mandela marcou uma era, pessoas como ele serão, cada vez mais raras, na humanidade, mas o seu legado, esse sim, ficará nos nossos pensamentos e corações. As ideias dele jamais cairão no esquecimento. Os valores e a humanidade que, ao longo da sua vida, incutiu no seu povo merecem o nosso maior reconhecimento.
Por fim, decidi destacar uma das afirmações mais célebres de Nélson Mandela, identificativa do seu carácter e ideais pelos quais pugnou, arriscando a privação da sua liberdade e até a sua própria segurança.


"Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor de sua pele, da sua origem ou da sua religião. Para odiar, é preciso aprender. E, se podem aprender a odiar, as pessoas também podem aprender a amar"


Nélson, deixou-nos um Mundo mais justo, mas ainda há muito por fazer! Que as suas ideias inspirem os jovens de hoje e de amanhã! 


Referências Consultadas: 

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